Dez anos depois de solicitar o último grande empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil vai inverter a lógica e anunciar o aporte de recursos na instituição. O anúncio do valor só depende da confirmação de que o País poderá comprar bônus e continuar a considerá-los como parte das reservas internacionais, explicou na noite de ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O Presidente Lula afirmou: "Gostaria de passar para a história como o presidente que emprestou uns reaizinhos ao FMI".
Ontem, no G-20, os chefes de Estado e de governo reunidos no ExCel London decidiram que, dos US$ 750 bilhões que o FMI receberá de aporte, US$ 250 bilhões serão originários da emissão de Direitos Especiais de Saque (SDR) , uma espécie de bônus emitido pela fundo.
Outros US$ 500 bilhões terão origem nas linha de crédito New Arrangements to Borrow (NAB). Além desses recursos, o Fundo poderá contar ainda com doações bilaterais, como as já anunciadas pelo Japão e pela União Europeia, cada um de US$ 100 bilhões, e da China, de US$ 40 bilhões.
O aporte de recursos do governo brasileiro deverá ocorrer por meio da aquisição de direitos especiais de saque. Segundo Mantega, o Ministério da Fazenda consultou o diretor-geral do Fundo, o francês Dominique Strauss-Kahn, sobre a possibilidade de adquirir os títulos e continuar a contar o valor como parte das reservas internacionais do País.
"Em princípio será possível", afirmou o ministro, admitindo que espera apenas a publicação das regras do aporte. "Não queremos é perder parte das reservas."
A resposta de Strauss-Kahn é esperada "para os próximos dias", quando o Brasil vai anunciar o valor que investirá no FMI. Mantega descartou que o aporte será proporcional à participação do País no Fundo, de 1,7%, o que pressuporia um investimento de US$ 4,25 bilhões. Outro condicionante imposto pelo governo brasileiro é que os recursos que forem injetados no Fundo sejam usados por países subdesenvolvidos e emergentes que enfrentem a turbulência global.
Em entrevista coletiva concedida na noite de ontem, na embaixada de Londres, Lula comemorou a proximidade do acordo com o fundo, que transformará o País de um devedor crônico a um credor da instituição.
"Você não acha chique que o Brasil empreste dinheiro ao FMI?", perguntou o presidente, lembrando ter entoado gritos de "Fora FMI" nos tempos de militância sindical.
"O Brasil gostaria de emprestar esses recursos, desde que não se mexa nas reservas", reiterou, antes de voltar a brincar sobre a iniciativa de emprestar recursos ao Fundo.
Aproveitando o tema, Lula mandou um recado aos mercados financeiros ao reafirmar que o Brasil não seguirá a atitude do México, cujo governo solicitou nesta semana um empréstimo de US$ 45 bilhões ao organismo. "O Brasil não precisa do dinheiro do FMI, graças a Deus. Não falo por soberba, porque, se um dia precisar e o fundo for a única fonte, vamos pedir."
1,7 %
é a participação do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI). Se o aporte do Brasil fosse proporcional a essa fatia, seria de US$ 4,25 bilhões. Mas o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, descartou essa proporção. O anúncio seria a contribuição brasileira deve ser feito ?nos próximos dias?
O Presidente Lula afirmou: "Gostaria de passar para a história como o presidente que emprestou uns reaizinhos ao FMI".
Ontem, no G-20, os chefes de Estado e de governo reunidos no ExCel London decidiram que, dos US$ 750 bilhões que o FMI receberá de aporte, US$ 250 bilhões serão originários da emissão de Direitos Especiais de Saque (SDR) , uma espécie de bônus emitido pela fundo.
Outros US$ 500 bilhões terão origem nas linha de crédito New Arrangements to Borrow (NAB). Além desses recursos, o Fundo poderá contar ainda com doações bilaterais, como as já anunciadas pelo Japão e pela União Europeia, cada um de US$ 100 bilhões, e da China, de US$ 40 bilhões.
O aporte de recursos do governo brasileiro deverá ocorrer por meio da aquisição de direitos especiais de saque. Segundo Mantega, o Ministério da Fazenda consultou o diretor-geral do Fundo, o francês Dominique Strauss-Kahn, sobre a possibilidade de adquirir os títulos e continuar a contar o valor como parte das reservas internacionais do País.
"Em princípio será possível", afirmou o ministro, admitindo que espera apenas a publicação das regras do aporte. "Não queremos é perder parte das reservas."
A resposta de Strauss-Kahn é esperada "para os próximos dias", quando o Brasil vai anunciar o valor que investirá no FMI. Mantega descartou que o aporte será proporcional à participação do País no Fundo, de 1,7%, o que pressuporia um investimento de US$ 4,25 bilhões. Outro condicionante imposto pelo governo brasileiro é que os recursos que forem injetados no Fundo sejam usados por países subdesenvolvidos e emergentes que enfrentem a turbulência global.
Em entrevista coletiva concedida na noite de ontem, na embaixada de Londres, Lula comemorou a proximidade do acordo com o fundo, que transformará o País de um devedor crônico a um credor da instituição.
"Você não acha chique que o Brasil empreste dinheiro ao FMI?", perguntou o presidente, lembrando ter entoado gritos de "Fora FMI" nos tempos de militância sindical.
"O Brasil gostaria de emprestar esses recursos, desde que não se mexa nas reservas", reiterou, antes de voltar a brincar sobre a iniciativa de emprestar recursos ao Fundo.
Aproveitando o tema, Lula mandou um recado aos mercados financeiros ao reafirmar que o Brasil não seguirá a atitude do México, cujo governo solicitou nesta semana um empréstimo de US$ 45 bilhões ao organismo. "O Brasil não precisa do dinheiro do FMI, graças a Deus. Não falo por soberba, porque, se um dia precisar e o fundo for a única fonte, vamos pedir."
1,7 %
é a participação do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI). Se o aporte do Brasil fosse proporcional a essa fatia, seria de US$ 4,25 bilhões. Mas o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, descartou essa proporção. O anúncio seria a contribuição brasileira deve ser feito ?nos próximos dias?
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