Banco Central anunciou o corte da taxa Selic em um ponto porcentual, para 10,25% ao ano, sem viés. Com a decisão, a autoridade monetária reduziu o ritmo do desaperto dos juros, que haviam caído 1,50 ponto na decisão anterior, em março. A medida do Comitê de Política Monetária (Copom), tomada por unanimidade, levou o juro básico da economia brasileira para o menor patamar da história. Em comunicado divulgado após a reunião, a autoridade monetária explicou que o corte visa "ampliar o processo de distensão monetária" que começou
Com o terceiro corte seguido, a taxa Selic cai para o menor nível desde a adoção do juro básico da economia em base anual, no fim de 1997.
Nesse período(FHC), o Brasil conviveu com juros que chegaram a 45%, em março de 1999 após a maxidesvalorização do real no início daquele ano.
A decisão desta quarta-feira, 29, também fez o Brasil perder o amargo posto de país com o maior juro real do planeta - taxa descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses. Levantamento da UpTrend Consultoria mostra que a taxa brasileira caiu para 5,8%, abaixo da China que tem juro real de 6,6% e Turquia, com 6,4%.
Minutos após a decisão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o BC está na direção correta. "Toda a vez que a Selic cai, eu fico feliz. Está na direção correta".
BB e Caixa também anunciam redução de juros
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram a redução de suas taxas de juros praticadas em diversas linhas de crédito destinadas às pessoas físicas e jurídicas, após a decisão do Banco Central de reduzir em 1 ponto porcentual a taxa Selic. As novas taxas passam a valer a partir de segunda-feira (4 de maio).
No BB, foram reduzidas as taxas nas seguintes linhas:
- crédito destinado às empresas - redução no BB Giro Rápido, linha principal direcionada às Micro e Pequenas Empresas, cujas taxas mínimas passaram de 2,14% ao mês para 2,11% ao mês e as máximas de 2,40% ao mês para 2,37% ao mês;
- crédito consignado/trabalhadores - taxas partir de 1,36% ao mês no crédito consignado.
- crédito consignado/aposentados e pensionistas do INSS - entre 1,64% a 2,07% a.m.
- financiamento de bens de consumo(eletrodomésticos - linha branca), cuja taxa mínima passou de 2,62% para 1,99% a.m.
- material de construção - a partir de 1,74% a.m.
- cheque especial - as taxas foram ficam entre 1,33% ao mês, 7,77% a.m. para pessoa física.
- cartões Ourocard - terão suas taxas reduzidas em duas modalidades: no crédito rotativo (taxa mínima) de 3,71% a.m. para 3,63% a.m. e nas compras parceladas em até 24 meses de 2,62% a.m. para 2,44% a.m.
Caixa
A Caixa Econômica Federal reduziu os juros cobrados em 26 modalidades de crédito para pessoas físicas e jurídicas. Para pessoas físicas, a taxa do penhor registrou queda de 2,25% para 2,10% ao mês. O crédito para compra de veículos teve sua taxa máxima diminuída de 2,4% para 2,3% ao mês. No caso do crédito pessoal, a taxa mínima foi reduzida de 4,01% para 3,85% e a máxima, de 4,46% para 4,31% ao mês. A taxa máxima de juros do cheque especial passou de 6,83% para 6,79% ao mês.
Para empresas de micro e pequeno porte, o banco reduziu os juros de sete modalidades, entre elas crédito para capital de giro, desconto de duplicatas e cheque empresa. Na operação de antecipação de recebíveis, houve redução de até 3,27% sobre a taxa mensal. As taxas de juros do cartão de crédito rotativo pessoa jurídica foram reduzidas em até 16% - a CEF não informou as taxas dessas modalidades, apenas o tamanho da queda. (Agência Estado)
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