O presidente disse isso em 2005:
- Às vezes o cara está no bar, com um grupo de amigos, tomando um chope - o que é um direito dele, todo filho de Deus tem direito a tomar um chopinho de vez em quando, de preferência na sexta-feira - está lá xingando o banco, xingando os juros, xingando o cartão de crédito, mas no dia seguinte é incapaz de levantar o traseiro da cadeira e ir no banco mudar. É o comodismo das pessoas, que reclamam de noite e de dia se conformam, não há uma ação. Se as pessoas tivessem consciência não pagavam 8% de juros ao mês, até porque não é pobre que tem cartão de crédito, é uma classe mais sabida intelectualmente, de maior posse – disse ele.
De 2005 pra cá, muita coisa mudou, e pobre também já tem cartão de crédito, mas o Presidente deveria repetir essa fala hoje, para chamar atenção novamente.
A declaração do presidente Lula foi explorado no PIG (Partido da Imprensa Golpista) como se fosse semelhante ao que disse Maria Antonieta na revolução francesa: a rainha, diante de protestos da plebe por pão, perguntou por que o povo não comia bolo.
Afinal, qualquer cidadão endividado, com a corda no pescoço, ouvir aquela frase do presidente pinçada, sem entender o motivo, ficaria enfurecido mesmo.
O motivo do PIG explorar negativamente essa declaração do presidente foi além do tracional oposicionismo. Envolveu conflito de interesses nos negócios também:
O Jornal Nacional é patrocinado pelo Unibanco.
Outros bancos são grandes anunciantes e em todos os veículos de mídia.
Mas o Presidente estava apenas divulgando o que o PIG escondia:
O Banco do Brasil incentivava o crédito consignado, mais barato, enquanto outros bancos não ofereciam essa linha de crédito a seus clientes, só disponibilizando linhas de juros altos.
Então o presidente apenas avisou aos aposentados e pensionistas da Previdência Social que recebiam por outros bancos, que podiam pedir a transferência de sua conta para o Banco do Brasil.
O tempo passa, o tempo vôa, e, todos os demais bancos passaram a oferecer crédito consignado, para não perder clientes.
Agora o problema são os spreads bancários. A taxa SELIC cai, os bancos fingem que acompanham, mas as taxas que cobram são absurdamente mais altas do que a SELIC.
Hoje, bancos estatais, principalmente a Caixa Econômica Federal, mas também o Banco do Brasil (por pressão do Planalto), chegam a cobrar menos da metade das taxas que bancos privados como Unibanco, Itaú, Bradesco, Santander, ABN-Real, cobram.
Para não pairar dúvidas, podem conferir no Banco Central:
http://www.bcb.gov.br/?TXJUROS
Está na hora, de novo, de muitos brasileiros "levantarem o traseiro" para buscar juros menores.
Não perca no Blog "Os Amigos da presidente Dilma" como José Serra derrubou o limite de juros de 12% na constituição de 88, atuando como uma "mãe" para os banqueiros.
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