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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sentença de De Sanctis coloca Gilmar Mendes em saia justa: funcionário da Segurança do STF mantinha linha direta com quadrilha de Dantas

Sérgio de Souza Cirillo, coronel da reserva do Exército, ocupou cargo comissionado na Secretaria de Segurança do STF, entre os dias 30 de julho e 6 de outubro deste ano, quando foi exonerado.

Uma das funções da Secretaria de Segurança do STF seria justamente evitar escutas nos telefones usados por Gilmar Mendes.

Pois Cirillo foi flagrado pelas escutas legais da PF em intensa troca de telefonemas com Hugo Chicaroni, entre os dias 4 de junho e 7 de julho deste ano, véspera da deflagração da Operação Satiagraha.

Chicaroni é um dos condenados pela tentativa de suborno de um delegado federal a serviço de Dantas, durante a operação Satiagraha.

O fato veio a público na sentença do Juiz De Sanctis condenando Daniel Dantas a dez anos de prisão:

“Tal fato revela, pois, que os acusados, para alcançar seus objetivos espúrios, dias antes de oferecer e pagar vantagem às autoridades policiais atuavam, sem medir esforços, em suas tentativas de obstrução de procedimento criminal, tentando espraiar suas ações em outras instituições [STF]” - proferiu De Sanctis

Recapitulando:

- Entre 4 de junho e 7 de julho (véspera da Satiagraha), em linha direta com gente da quadrilha de Dantas.

- Entre 30 de julho e 6 de outubro, ao lado de Gilmar Mendes, nos gabinetes do STF, "zelando" da segurança.

Gilmar Mendes, sem ter como explicar, teve que engolir o sapo de enviar uma representação à Procuradoria-Geral da República em que solicita a apuração de uma eventual ligação entre o ex-funcionário do STF e o grupo de Daniel Dantas.

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