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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Em favela, Lula diz que Estado tem culpa de jovem


O Presidente Lula em visita ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Ao lançar o programa de segurança Território de Paz, no Complexo do Alemão, Lula disse que o Estado tem culpa de o jovem pobre virar bandido. 4 de dezembro.

Para Lula, o Brasil se descuidou dos mais pobres ao deixar de lado o crescimento, a geração de emprego e a distribuição de renda nas políticas adotadas nas últimas décadas.

"Quando a gente vê um jovem de 25 anos sendo preso, esse jovem é vítima das políticas econômicas, das políticas sociais, das políticas educacionais. O Estado tem culpa do jovem ter virado bandido", disse Lula em discurso aos moradores do conjunto de favelas, considerado um dos locais mais violentos da cidade.

Lula disse que com programas sociais e de segurança está tentando resolver um "estoque" de problemas que herdou dos governos anteriores.

"É importante ter o entendimento político de porque o Brasil empobreceu tanto... Isso é resultado do descaso que os governantes dos últimos 30 anos tiveram com o povo pobre desse país", afirmou.

Em uma comunidade dominada pelo tráfico de drogas e constantemente assolada por conflitos com a polícia, Lula afirmou que a violência não é só problema de polícia, e que compete ao Estado oferecer educação, emprego, cultura e lazer.

"Tão importante quanto o teleférico que vai ser feito aqui, é a presença do prefeito e das políticas da Prefeitura, do governador e das políticas do Estado, do presidente da República e das políticas do governo federal", disse Lula ao lado do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do prefeito eleito Eduardo Paes, ambos do PMDB.

Durante o discurso, Lula disse também que Lula disse que trabalhadores serão demitidos se pararem de comprar. "Você tem o trabalhador da fábrica, que está ouvindo falar em crise. Ele fala: "Não vou comprar um carro porque posso perder meu emprego. Se eu perder o emprego, eu estou ferrado". Precisa alguém dizer que ele vai perder o emprego exatamente por não comprar. (...) Às vezes eu me sinto como o dom Quixote, sozinho tentando pregar um otimismo de uma coisa muito prática, que é fazer a economia girar."

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