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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Paulo Lacerda falou a Verdade. Jobim mentiu:Maletas da Abin não fazem grampos, diz laudo da PF


Uma análise técnica feita pela Polícia Federal em todos os equipamentos em poder da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) aponta que nenhum deles tem como função fazer grampos. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a quem a Abin é subordinada, enviou nesta manhã o laudo ao Congresso.

Legalmente, a Abin não está autorizada a fazer grampos, mas o ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou a confirmar que a autarquia tinha equipamentos com poder de fazer escutas e os havia adquirido por meio de comissão do Exército em Washington (EUA). A companhia norte-americana de produtos de inteligência REI (Research Eletronics International) já havia antecipado(Leia). Ontem, em entrevista à TV Brasil, Lula disse :Paulo Lacerda poderá voltar ao cargo "quando quiser".

Segundo o laudo da PF, que tem 38 páginas, o INC (Instituto Nacional de Criminalística) constatou que as maletas não podem fazer grampos, mas sim varreduras ambientais com capacidade para encontrar sinais de linhas telefônicas, mas sem decodificar a ligação --o que caracterizaria o grampo.

O laudo aponta que a Abin não tem equipamentos para realizar grampos em telefones celulares. Por isso, a conversa entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, não poderia ter sido gravada pelo equipamento da Abin uma vez que Mendes usou seu celular na conversa com o parlamentar.

Em depoimento à CPI dos Grampos ontem, no entanto, Jobim afirmou que não tinha certeza da capacidade de as maletas fazerem escutas. Em todo o momento, a Abin negou fazer interceptações telefônicas.

O laudo da PF sobre os grampos foi encaminhado ao presidente da Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), e ao presidente da CPI dos Grampos, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ).

Paralelamente ao documento elaborado pelos policiais, o GSI coordena sindicância interna para apurar o eventual envolvimento de servidores da Abin no episódio do grampo ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.

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