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domingo, 21 de setembro de 2008

A ordem é não bater no Planalto


Essa notícia não é novidade para você, mas está no Correio Braziliense de hoje. Aos poucos a mídia está se rendendo aos fatos, e publicando... Tucanos e democratas evitam atacar o governo Lula numa estratégia para impedir perda de votos. Alckmin critica PT, mas poupa o presidente

As críticas feitas ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à oposição, no comício de Marta Suplicy (PT), são reflexos da postura que seus adversários têm tomado nessa eleição municipal. Há duas semanas do primeiro turno, a oposição busca se esquivar de qualquer caminho que faça a popularidade elevada do presidente contaminar a campanha. Três são as estratégias adotadas até agora: alinhamento político ao governo dele, ignorá-lo solenemente ou desvinculá-lo das críticas locais ao PT.

Ataques, por enquanto, nem pensar. Principalmente depois da recente pesquisa Datafolha, em que 64% dos entrevistados aprovaram o governo Lula. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, optou pela última alternativa na disputa pela prefeitura de São Paulo. Em sua campanha, o programa do tucano da televisão chega a dizer que "com o Lula tudo bem, o problema é o PT". Assim, ele tenta garantir uma vaga no segundo turno contra a petista Marta Suplicy. Enquanto isso, seu maior adversário nessa briga, o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM), tem dito que Lula apoiará a prefeitura de São Paulo mesmo que Marta não seja a vencedora.

Mídia gratuita

O governo federal comemora a postura da oposição. Uma avaliação interna do Palácio do Planalto indica que não há nenhum candidato em capitais e cidades pólos que ataque a gestão de Lula. Para um ministro de alto escalão, essas eleições poderiam ser um "risco de desgaste" ao governo, mas acabaram se transformando num espaço de "mídia gratuita". Esse saldo já recebe críticas dentro da oposição. O senador Demostenes Torres (DEM-GO), por exemplo, avalia que essa estratégia é danosa a longo prazo. "Acho isso um absurdo. Principalmente porque, nas grandes cidades, a oposição está surfando na onda do Lula. A oposição está acabando", diz.

Ele admite, aliás, que tem recebido apelos para não criticar o presidente na campanha pelo interior de Goiás. "Comigo acontece muito. O sujeito vem e fala: 'não fala mal do Lula, por favor'", afirma. "O que vejo é que o político mascara seu ponto de vista por causa da popularidade do presidente", critica o parlamentar.

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