Menos de um mês depois de perder no voto, a oposição na Bolívia parte para a ação violenta e fora-da-lei. O objetivo é, como dizem eles, derrubar "o índio", o presidente Evo Morales.
Nos últimos meses, os conflitos na Bolívia tem se intensificado:
Por uma lado, as forças progressistas que buscaram efetivar a aprovação da nova Constituição boliviana, de caráter democrático e popular, antineoliberal.
Por outro, a elite conservadora tentava aprovar a autonomia da Províncias: passar aos Governadores a maioria das atribuições do governo federal, inclusive recolhimento e gasto dos impostos.
Para resolver o conflito, em 10 de agosto o povo foi chamado a decidir, através do referendo para revogar ou confirmar o mandato do presidente Evo Morales e de oito dos nove governadores bolivianos.
Evo teve uma vitória acachapante nas urnas. E fez um chamado à conciliação e à unidade. Num gesto inédito, cogitou um acordo que juntasse aspectos da nova Constituição proposta com os Estatutos autônomos.
O oposição recusou o diálogo e o resultado das urnas, e partiu para a radicalização.
Formam bandos paramilitares, armados de porretes e circulam em caminhonetes. Destroem e depredam instalações públicas do governo federal, bloqueam estradas e postos de fronteira. Ameaçam interromper a venda de gás a Brasil e Argentina, através da ocupação de instalações da estatal boliviana YPFB.
Chega a atacar fisicamente pobres e camponeses com feições de indígenas.
A Embaixada dos EUA está envolvida diretamente na formação destes grupos, segundo denunciou Evo Morales.
O embaixador estadunidense, Philip Goldberg – o mesmo que, como embaixador dos EUA na ex-Iugoslávia, operou a crise de Kosovo, há dez anos – circula pelas provincias dominadas pela oposição, distribuindo apoio político e financeiro.
As milícias paramilitares fazem provocações às Forças Armadas (legalistas). Sequestraram um pequeno avião militar, aprisionando por algumas horas um general. Há ameaças de invasão de um quartel do exército. A oposição “exige” a saída do comandante militar de uma região. Em Santa Cruz, forças paramilitares chegaram ao extremo de cercar por todo um dia o Quartel da Polícia. O objetivo dessas provocações parece claro: provocar uma reação que gere muitos cadáveres visando desestabilizar o governo Evo.
Fonte: Portal Vermelho
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