Está aqui no jornal Estadão;A maleta que intercepta ligações celulares precisa estar próxima do espionado para funcionar. Ela se conecta, sem fio, como um celular, à estação radiobase (equipamento da operadora que liga o aparelho móvel à rede de telefonia) e consegue gravar ligações de celulares atendidos pela mesma estação.
Segundo especialistas em segurança, o OSC-5000 Omni Spectral Correlator e o Orion Non Linear Junction Evaluator, que o Gabinete de Segurança Institucional e a Abin têm, servem para descobrir grampos. São outros os equipamentos para escuta.
A forma mais comum de grampo - quando feito legalmente - acontece nas centrais da empresa de telecomunicações e é instalado pela operadora, por ordem judicial. Segundo especialistas, a maleta é um método caro e complicado de escuta.
Varredura é rotina em órgãos públicos
BC e Congresso, por exemplo, têm equipamentos para prevenir escuta
Equipamentos de varredura para localização de escutas ambientais, como as maletas compradas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), fazem parte da rotina de órgãos públicos de Brasília, sobretudo dos que detêm ou trabalham com informações estratégicas de Estado.
Entre os órgãos federais que adotaram a maleta estão o Banco Central, o Banco do Brasil, o Tribunal de Contas da União e as várias instâncias do Ministério Público, além dos tribunais superiores, Câmara e Senado.
A maioria não dá detalhes dos equipamentos, por razões de segurança. O Banco Central, por exemplo, alegou, pela assessoria, que “tem política própria de segurança, o que inclui segurança da informação, além de equipamentos, procedimentos e tecnologia” para evitar que seus dados sejam devassados.
O Supremo Tribunal Federal informa que tem equipamentos de varredura, mas não revela seus dados por razões de segurança. O mesmo ocorre no Superior Tribunal de Justiça e no Tribunal Superior Eleitoral. O Banco do Brasil também informou que tem equipamentos de varredura para proteger suas informações, mas igualmente se recusa a dar detalhes.
Alguns órgãos não têm estrutura própria, mas usam esquemas de varredura dos prédio onde estão instalados. É o caso do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), fisicamente alojado no Ministério da Justiça. A mesma situação beneficia a Secretaria do Direito Econômico e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O prédio tem potente esquema de varredura implantado na gestão do então ministro Renan Calheiros.
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