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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Desemprego é o menor para agosto desde 1998


Taxa ficou em 14,5%, segundo o Dieese, com 2,911 milhões de pessoas sem ocupação

O desemprego nas seis regiões metropolitanas do País atingiu 14,5% em agosto, a menor marca para este mês de toda a série, iniciada em 1998, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Fundação Seade/Dieese. A pesquisa foi realizada nas regiões de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. O total de desempregados foi estimado em 2,911 milhões de pessoas. O nível de ocupação subiu 0,5% em relação a julho, e aumentou 5,4%, em comparação a agosto de 2007.

O rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões caiu 0,5% em julho, ante junho, e passou a R$ 1.156. Em relação a julho de 2007, houve alta de 4,1%. A massa de rendimento dos ocupados registrou ligeira elevação de 0,2% em julho e subiu 9,1% ante julho de 2007.O desemprego na região metropolitana de São Paulo atingiu 14% em agosto, taxa um pouco inferior ao nível de 14,1% registrado em julho. Foi a menor marca para o mês desde os 12,9% apurados em agosto de 1995. O total de desempregados atingiu 1,476 milhão de pessoas na região.

De acordo com a PED, o rendimento médio real dos ocupados em São Paulo caiu 1,8% em julho ante junho, de R$ 1.215 para R$ 1.193. Ao comparar o resultado com o rendimento de R$ 1.169 em julho do ano passado, o rendimento médio subiu 2,1%.

A massa de rendimento dos ocupados (resultado da multiplicação do valor dos rendimentos e nível de ocupação) caiu 1,7% em relação a junho. Em comparação a julho de 2007, subiu 6,3%. O nível de ocupação registrou pequena alta de 0,1% em agosto, na comparação com julho. Em relação a agosto do ano passado, subiu 4,5%.

O movimento de aumento dos juros adotado pelo Banco Central (BC) desde abril e o forte agravamento da crise financeira internacional lançam dúvidas sobre a criação de postos de trabalho e a evolução dos rendimentos reais dos trabalhadores no Brasil para o médio prazo. Contudo, a evolução robusta da economia nacional, que registrou crescimento de 6,1% no segundo trimestre ante igual período do ano passado, deve sustentar o vigor da criação de postos de trabalho até o fim do ano. Essa é a avaliação dos coordenadores da PED, Alexandre Loloian e Patricia Lino Costa.

Segundo Loloian, é muito difícil estabelecer uma tendência da evolução do emprego apurada pela pesquisa em razão do alto nível de incertezas que marcam o cenário financeiro global. "Mas o nível de atividade no Brasil está vigoroso, como vimos nos resultados do PIB no segundo trimestre, e provavelmente deve manter um nível robusto até o fim do ano", comentou.Em agosto, o destaque na criação de postos de trabalho na região metropolitana de São Paulo foi o setor de serviços, que gerou 48 mil empregos. No mês passado, esse número ficou negativo em 8 mil vagas na indústria, 8 mil no comércio e 26 mil em outros serviços, que inclui construção civil e serviços domésticos.

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