A classe média brasileira, com renda familiar entre R$ 1.064 e R$ 4.591, somou 47,1% da população em 2007, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo economista Marcelo Neri, da FGV (Fundação Getulio Vargas). Esse segmento registrou o menos nível dos últimos anos em 1993, quando representava 30,98% dos brasileiros.
O economista afirmou que a redução da desigualdade social vem beneficiando diretamente o que chama de a nova classe média.
"Essa é a década da redução da desigualdade, já por sete anos consecutivos. É uma marca expressiva. Ela acaba engendrando desde a redução da miséria até o aumento de seguimentos médios da população, como a chamada nova classe média", afirmou.
O estudo aponta que em 2007 a classe média cresceu 4,4%, em grande parte por causa do aumento significativo no número de empregos formais. Os dados da pesquisa registram que hoje existem cerca de 1,8 milhão de empregos com carteiras assinadas. A pobreza, ainda segundo a pesquisa, caiu 6% em 2007 --de 19% da população em 2006 para 18,11% em 2007-- e 1,5 milhão de pessoas saíram da linha de pobreza. De acordo com a FGV, existem hoje no Brasil cerca de 33,6 milhões miseráveis, o equivalente a 18% da população.
Os dados também mostram que em 2007 os 10% mais pobres da população --com renda per capita inferior a R$ 135 por mês-- perderam 5,5% da renda mensal, cerca de R$ 2. O estudo aponta ainda que a maioria dos idosos faz parte dessa nova classe média. Os programas de transferência de renda do governo federal para aposentados e pensionistas são apontados como um dos fatores dessa ascensão.
O coordenador da pesquisa Marcelo Neri explicou que essa nova classe média veio da classe E, mas não parou na D. A maioria tem carteira de trabalho assinada. Outro aspecto da nova classe média é a presença significativa de afro-brasileiros e das mulheres que estão ascendendo para a classe C, por meio do trabalho.
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