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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Alckmin e Kassab optam por não reagir a críticas de Lula


Depois de o Presidente Lula dizer em comício na capital paulista ao lado da candidata do PT, Marta Suplicy, sem citar nomes, que a oposição copia as propostas de Marta e, simula seu apoio na campanha eleitoral em vários municípios. “Eu viajo o Brasil inteiro e até o pessoal do DEM está com fotografia minha”, afirmou Lula, referindo-se ao partido de Kassab. No caso de Alckmin, Lula ironizou uma propaganda da campanha do tucano. “Hoje até eles dizem: ‘Ah, o Lula tudo bem, mas o PT é que não sei das quantas...’ Eles estão brincando com a nossa inteligência”, provocou o Presidente. Os candidatos à prefeitura paulistana Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) dizem que preferem não polemizar com o Presidente Lula

Alckmin, que na campanha presidencial de 2006 acusava Lula de corrupção, disse ontem que tem poupado o Presidente porque a eleição é municipal. “Todo mundo sabe como nós vemos o governo do PT. Acho que o Brasil poderia estar muito melhor. Mas a hora do debate federal não é agora. É em 2010. Não há razão para estar fazendo debate com o Presidente da República”, afirmou. Ao estilo morde-assopra, o tucano ensaiou uma alfinetada. “Ele é que tem vindo aqui se imiscuir na campanha municipal.” Em seguida, recuou: “Mas não vejo nenhum problema. Ele já veio na eleição de 2004, é do PT e é natural que apóie a candidata do seu partido”, disse, após um passeio de bicicleta com militantes tucanos debaixo de chuva na zona norte.

Kassab, que promete em sua propaganda construir novos CEUs (Centros Educacionais Unificados, uma criação de Marta), disse que não se sentiu atingido pelas críticas do Presidente. “Lula não se referiu a nós.” E engatou o discurso entoado desde o início da campanha: “Estou muito tranqüilo, porque minha relação com o Presidente é bastante cordial e cooperativa”.

Desde o início da corrida eleitoral, Alckmin e Kassab têm pregado a realização de parcerias com Lula. A avaliação das duas campanhas é que bater no Presidente, no auge da sua aprovação popular, é caminho certo para perder eleitores. Como os dois disputam, voto a voto, a vaga para o segundo turno - as últimas pesquisas mostram ambos empatados tecnicamente -, qualquer deslize pode significar o fim da eleição disse o marqueteiro de Geraldo Alckmin.

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