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sábado, 30 de agosto de 2008

Veja e Gilmar Mendes: União contra Lula


A estratégia da Veja era, foi desde sempre, ajudar a bombardear Lula, derrubá-lo se possível. Gilmar Mendes sabe disso está extrapolando. Antes, dizia ter sido monitorado, pelo juiz De Sanctis.Queria a cabeça do juiz. Não deu. Veja e jornais se uniram em solidariedade ao colega e o ministro declarou:A Corte vai se reunir para decidir que providências tomar depois da confirmação do grampo",País vive "um quadro preocupante de crise institucional." declarou Gilmar.

Gilmar Mendes esquece que a tal "crise institucional" a que ele se refere se deu por ele mesmo ter solto Daniel Dantas. Lembrando as palavras de Fábio de Oliveira: Mesmo não sendo e nem podendo ser advogado de Daniel Dantas e cia. o senhor Gilmar Mendes veio a público dizer que a prisão dos suspeitos era um atentado contra o Estado de Direito. A imprensa repercutiu sua manifestação e nem tampouco se mostrou preocupada com o abuso que ele cometeu.

Num Estado de Direto o membro do Judiciário não atua informalmente como advogado, nem tampouco emite parecer público sobre processos que estão na esfera de competência de outro juiz.

Num Estado de Direito todos são iguais perante a Lei. Portanto, até os criminosos ricos podem ser processados e presos.

Parece que o Ministro Gilmar Mendes gosta e muito das luzes, pois tenho o visto bastante nos últimos dias. Bem, mas vivemos num estado democrático onde quase tudo é permitido, entre outras direitos de um juiz fazer o que não é o seu papel no STF...

Quanto a Veja, essa dispensa comentários, nós já conhecemos bem de outros carnavais, mas o leitor pediu apublicação do diálogo, entre Demóstenes Torres(DEM) e Gilmar Mendes.


O diálogo


Gilmar Mendes - Oi, Demóstenes, tudo bem? Muito obrigado pelas suas declarações.


Demóstenes Torres - Que é isso, Gilmar. Esse pessoal está maluco. Impeachment? Isso é coisa para bandido, não para presidente do Supremo. Podem até discordar do julgado, mas impeachment...


Gilmar - Querem fazer tudo contra a lei, Demóstenes, só pelo gosto...


Demóstenes - A segunda decisão foi uma afronta à sua, só pra te constranger, mas, felizmente, não tem ninguém aqui que embarcou nessa "porra-louquice". Se houver mesmo esse pedido, não anda um milímetro. Não tem sentido.


Gilmar - Obrigado.


Demóstenes - Gilmar, obrigado pelo retorno, eu te liguei porque tem um caso aqui que vou precisar de você. É o seguinte: eu sou o relator da CPI da Pedofilia aqui no Senado e acabo de ser comunicado pelo pessoal do Ministério da Justiça que um juiz estadual de Roraima mandou uma decisão dele para o programa de proteção de vítimas ameaçadas para que uma pessoa protegida não seja ouvida pela CPI antes do juiz.


Gilmar - Como é que é?


Demóstenes - É isso mesmo! Dois promotores entraram com o pedido e o juiz estadual interferiu na agenda da CPI. Tem cabimento?


Gilmar - É grave.


Demóstenes - É uma vítima menor que foi molestada por um monte de autoridades de lá e parece que até por um deputado federal. É por isso que nós queremos ouvi-la, mas o juiz lá não tem qualquer noção de competência.


Gilmar - O que você quer fazer?


Demóstenes - Eu estou pensando em ligar para o procurador-geral de Justiça e ver se ele mostra para os promotores que eles não podem intervir em CPI federal, que aqui só pode chegar ordem do Supremo. Se eles resolverem lá, tudo bem. Se não, vou pedir ao advogado-geral da Casa para preparar alguma medida judicial para você restabelecer o direito.


Gilmar - Está demais, não é, Demóstenes?


Demóstenes - Burrice também devia ter limites, não é, Gilmar? Isso é caso até de Conselhão.


(risos)


Gilmar - Então está bom.


Demóstenes - Se eu não resolver até amanhã, eu te procuro com uma ação para você analisar. Está bom?


Gilmar - Está bom. Um abraço, e obrigado de novo.


Demóstenes - Um abração, Gilmar. Até logo.

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