Desde o início do primeiro mandato do Presidente Lula, em 2003, até 2008, o real sofreu valorização de 124,2% diante do dólar, segundo estudo da consultoria Economática. Foi a maior valorização da moeda local entre oito países (Brasil, Argentina, Chile, México, Venezuela, Peru, Colômbia e Zona do euro) relacionados no levantamento. No período, o euro teve valorização de 50%.
Com a apreciação do real, ficou mais fácil importar produtos, aumentar a disponibilidade interna e, teoricamente, forçar a queda dos preços das mercadorias via aumento da oferta. Além disso, o dólar fraco viabilizou os planos da classe média de viajar para o exterior.
A principal responsável pela mudança no cenário é a alta das commodities agrícolas, metálicas e petróleo. Os repasses têm reflexos no mercado interno, mesmo com a moeda americana em queda.
"A matriz da inflação não é interna, é externa, ela deve ser alta este ano e deve arrefecer um pouco no ano que vem. A magnitude do câmbio amortece um pouco mas não tudo porque as tendências são fortes", diz Júlio Gomes de Almeida, economista do Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (Iedi). Segundo Almeida, a expectativa é que o IPCA feche o ano por volta de 6,5%. Em 2009, o Iedi prevê queda para 5%.
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