O Presidente Lula disse ontem em encontro com intelectuais, que a imprensa dá mais atenção aos escândalos do que aos feitos do governo. Lula disse que usaria o recurso de pronunciamento em cadeia nacional para dar visibilidade aos programas da administração federal. Ele citou, especificamente, o lançamento do Programa Mais Alimentos, lançado no dia 3. Para Lula, o anúncio dos incentivos à agricultura familiar ficou escondido entre as notícias de "mais um escândalo". "Sempre que isso acontecer, ele disse que vai mandar um ministro em cadeia nacional para divulgar os programas", disse.
Lula reuniu-se com 47 intelectuais na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Estavam presentes o arquiteto Oscar Niemeyer, o escritor Adauto Novaes, o psicanalista Joel Birman, o sociólogo Emir Sader, a economista Maria da Conceição Tavares e reitores de quatro universidades, entre outros.
Lula abriu espaço para que eles fizessem as perguntas. Durante a sabatina, que durou três horas, o presidente foi questionado sobre educação, a Rodada de Doha, as relações com a Colômbia, a Previdência Social - que Lula disse que fecharia o ano com superávit, sendo aplaudido aplausos -, entre outros assuntos.
Sobre a negociações da liberalização do comércio na Rodada de Doha, na Suíça, o presidente voltou a atribuir o impasse aos atuais processos eleitorais nos Estados Unidos e Índia. Lula provocou risos ao dizer que telefonaria aos presidentes dos dois países para reclamar. "Para acertar acordos nucleares, vocês se entendem. Mas não avançam nas negociações agrícolas."
Sader
Para Sader, o encontro do Rio foi mais produtivo que o de São Paulo porque o presidente passou mais tempo respondendo às questões (foram 18 perguntas). "Foi bom para o intelectual que apóia ou que critica o governo ter idéia do que está acontecendo no País, e que não nos chega através da imprensa. O governo parece cercado por um colar de escândalos", afirmou.
Para o sociólogo, as reuniões tiveram outra diferença: "Em São Paulo, a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) foi apresentada mais explicitamente como a sucessora. Aqui no Rio, ele disse que o nome à sucessão era segredo de Estado", afirmou. Dilma também teve de responder a algumas perguntas. Ela disse que teve de enfrentar questões ambientais, mas que essa é uma preocupação do Poder Executivo, tanto que, em Belo Monte (PA), só será construída uma usina. De acordo com Dilma, a questão energética está resolvida. "A tal ponto que a imprensa, quando faz previsão de novo apagão, joga sempre para o `ano que vem''", teria dito.
O acadêmico Arnaldo Niskier também elogiou o encontro. Para Niskier, o presidente estava "realmente convicto" de que o País teve avanços sociais. "Ele ouviu todas as avaliações com humildade e prometeu entregar o posto em 2010 com o País numa situação social melhor do que a atual", afirmou. Lula também se comprometeu a assinar em 29 de setembro, dia do centenário da morte do escritor Machado de Assis, o decreto do acordo ortográfico. A cerimônia será na Academia Brasileira de Letras (ABL).
Também estavam presentes à reunião os ministros da Saúde, José Gomes Temporão, da Igualdade Racial, Edson Santos, da Ciência e Tecnologia, Sérgio Machado Rezende, de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, da Políticas para Mulheres, Nilcéa Freire, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci.
Lula reuniu-se com 47 intelectuais na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Estavam presentes o arquiteto Oscar Niemeyer, o escritor Adauto Novaes, o psicanalista Joel Birman, o sociólogo Emir Sader, a economista Maria da Conceição Tavares e reitores de quatro universidades, entre outros.
Lula abriu espaço para que eles fizessem as perguntas. Durante a sabatina, que durou três horas, o presidente foi questionado sobre educação, a Rodada de Doha, as relações com a Colômbia, a Previdência Social - que Lula disse que fecharia o ano com superávit, sendo aplaudido aplausos -, entre outros assuntos.
Sobre a negociações da liberalização do comércio na Rodada de Doha, na Suíça, o presidente voltou a atribuir o impasse aos atuais processos eleitorais nos Estados Unidos e Índia. Lula provocou risos ao dizer que telefonaria aos presidentes dos dois países para reclamar. "Para acertar acordos nucleares, vocês se entendem. Mas não avançam nas negociações agrícolas."
Sader
Para Sader, o encontro do Rio foi mais produtivo que o de São Paulo porque o presidente passou mais tempo respondendo às questões (foram 18 perguntas). "Foi bom para o intelectual que apóia ou que critica o governo ter idéia do que está acontecendo no País, e que não nos chega através da imprensa. O governo parece cercado por um colar de escândalos", afirmou.
Para o sociólogo, as reuniões tiveram outra diferença: "Em São Paulo, a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) foi apresentada mais explicitamente como a sucessora. Aqui no Rio, ele disse que o nome à sucessão era segredo de Estado", afirmou. Dilma também teve de responder a algumas perguntas. Ela disse que teve de enfrentar questões ambientais, mas que essa é uma preocupação do Poder Executivo, tanto que, em Belo Monte (PA), só será construída uma usina. De acordo com Dilma, a questão energética está resolvida. "A tal ponto que a imprensa, quando faz previsão de novo apagão, joga sempre para o `ano que vem''", teria dito.
O acadêmico Arnaldo Niskier também elogiou o encontro. Para Niskier, o presidente estava "realmente convicto" de que o País teve avanços sociais. "Ele ouviu todas as avaliações com humildade e prometeu entregar o posto em 2010 com o País numa situação social melhor do que a atual", afirmou. Lula também se comprometeu a assinar em 29 de setembro, dia do centenário da morte do escritor Machado de Assis, o decreto do acordo ortográfico. A cerimônia será na Academia Brasileira de Letras (ABL).
Também estavam presentes à reunião os ministros da Saúde, José Gomes Temporão, da Igualdade Racial, Edson Santos, da Ciência e Tecnologia, Sérgio Machado Rezende, de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, da Políticas para Mulheres, Nilcéa Freire, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci.
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