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segunda-feira, 14 de julho de 2008

O "pobre caseiro" FHC no Opportunity

O iFHC (Instituto Fernando Henrique Cardoso) é cliente do banco Opportunity.

Somente ser cliente não é crime, mas não deixa de ser estranho, uma vez que o Opportunity não é um banco de varejo e sim para grandes investidores. Isso chamaria atenção de qualquer bom investigador, e não passou desapercebido na PF.

A revista Época (editora Globo) publicou estas informações que só podem ter sido vazadas por advogados da defesa de Dantas, inclusive porque o vazamento se deu depois que tais advogados tiveram acesso. O objetivo é:

1) criar a figura de uma vítima de quebra de sigilo nas investigações, no melhor estilo "pobre caseiro".

2) Ao colocar FHC como vítima desejam estancar futuras investigações contra ele. Mas se querem esconder, é um indício de que deve haver muito mais coisas do que apareceu até agora.

3) A defesa de Dantas recorre à tese de que sofre perseguição política.

A revista publicou que entre os e-mails interceptados com autorização judicial, encontraram um com as características:

Data: 2 de maio de 2008
Do: Banco Opportunity
Para: Adriana... com cópia para outro e-mail do iFHC.
Assunto: "Extrato - Instituto Fernando Henrique Cardoso".

No anexo da mensagem: "Nesta mensagem tratam de um saldo que o Instituto Fernando Henrique Cardoso possui no Banco Opportunity. Em 31/03/2008, e no mês de abril ocorreu um resgate".

Os agentes da PF explicam porque incluíram essa mensagem nos relatórios enviados à Justiça:

"Foi dado destaque a esta mensagem devido ao fato de existirem indícios de que o GRUPO OPPORTUNITY possui fortes ligações com membros do GOVERNO, atuando de diversas formas com os mesmos, assim, este fato pode vir a subsidiar novos fatos relacionados a essa figura política".

Ou seja, o objetivo é investigar caso surgissem novos fatos, e o processo corre em segredo de justiça, até por haver nomes de cotistas e outras informações protegidas pelo sigilo bancário.

O vazamento claramente é para tumultuar o processo, reforçar tese de perseguição política, pedir invalidação de provas, restringir novas investigações, e jogar a culpa pelo vazamento na PF. E, com isso, pedir o afastamento dos agentes envolvidos na investigação.

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