O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, suspendeu a prisão de 18 acusados de integrar a quadrilha que fraudava carteiras de motorista a partir da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. No total, 24 pessoas tiveram a prisão decretada por envolvimento com a máfia das carteiras de habilitação, entre policiais, empresários, médicos e donos de auto-escolas.
Promotor diz estar frustrado e decepcionado
O promotor do caso, Marcelo Oliveira, do Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco) de Guarulhos, disse ontem em entrevista que a sensação é de frustração e decepção. O habeas corpus foi concedido ao despachante José Antonio Gregório da Silva e estendido aos demais acusados. Segundo o promotor, o advogado omitiu no pedido de habeas corpus, por exemplo, que seu cliente foi flagrado em escutas telefônicas tentando fugir de São Paulo e pedindo a um conhecido que sumisse com o computador de seu escritório por causa da operação. Ainda de acordo com Oliveira, o ministro não tomou conhecimento do inteiro teor do processo, e ignorou os riscos de essas pessoas atrapalharem as investigações, já que são bastante influentes.
Despachante foi flagrando tentando eliminar provas
Nos grampos telefônicos, autorizados pela Justiça, o despachante foi flagrado tentando eliminar provas do esquema no dia em que a Operação Carta Branca foi deflagrada. Há uma conversa em que ele pede a seu sócio que retire os computadores do escritório, para não ser incriminado.
A operação, feita pelo Gaerco de Guarulhos, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, foi deflagrada na madrugada de 3 de junho. No total, 24 pessoas foram presas. As carteiras eram vendidas em todo o país. A quadrilha usava dedos de silicone para forjar as digitais das habilitações.
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