A equipe de defesa de Salvatore Cacciola no Brasil impetrou ontem no STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de habeas corpus para suspender a prisão do ex-banqueiro e sua extradição de Mônaco, autorizada pelo príncipe Albert 2º.
No recurso, o advogado Carlos Ely Eluf alega que o governo federal explora politicamente o processo contra o ex-dono dos bancos Marka e Fonte Cindam, condenado em 2001 a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato e gestão fraudulenta, ao obter empréstimo de R$ 1,6 bilhão do Banco Central.
"Há uma forte conotação eleitoral. O governo quer atacar a gestão FHC", disse Eluf. Para o advogado, há desrespeito "à isonomia e à presunção de inocência".
A defesa de Cacciola em Mônaco recorreu ao Comitê da ONU contra a Tortura para impedir sua extradição de Mônaco. Para Eluf, "a Polícia Federal viola os direitos humanos". "Eles prendem e humilham a pessoa em público. Vão tratá-lo como se fosse um terrorista, como Osama Bin Laden", disse.
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