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terça-feira, 22 de julho de 2008

O senador quer punir o delegado


Heráclito quer punir Protógenes por segundo ele, ter vazado informações sigilosas sobre a ligação entre o parlamentar e Daniel Dantas. Mas ele ainda não sabe se pedirá para o processo ficar no Supremo

A defesa do senador Heráclito Fortes (DEM-PI) vai protocolar na manhã de hoje na corregedoria e na direção-geral da Polícia Federal (PF), e também no Ministério da Justiça, uma representação contra o delegado Protógenes Queiroz, afastado das investigações da Operação Satiagraha, que apura esquema de desvio de verbas públicas e crimes financeiros.

O senador foi citado em pelo menos cinco situações diferentes no inquérito da Operação Satiagraha e apresentado como integrante da rede de influência do Opportunity no poder.

Em outra frente, os advogados do senador viajam amanhã para São Paulo com o objetivo de ter acesso a uma cópia do inquérito da Operação Satiagraha. Levarão uma decisão favorável do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, permitindo solicitar a documentação à 6ª Vara da Justiça Federal de São Paulo.

A liminar foi concedida pelo presidente do Supremo na última quinta-feira. “Nesse quadro, o mesmo direito deferido aos pacientes de acesso aos autos do procedimento investigatório devem ser estendidos a todos os demais investigados, no que se inclui o senador Heráclito Fortes, ante a plausibilidade do argumento de que sob tal condição figura naqueles autos, conforme amplamente divulgado pela imprensa”, destacou o ministro Gilmar Mendes na decisão concedida na semana passada.

Após a análise do calhamaço, que tem cerca de 7 mil páginas, os advogados de defesa vão decidir se pedirão a transferência do processo para o STF. Antes disso, precisarão verificar se o senador, que tem foro privilegiado pelo cargo que ocupa, foi apenas citado no caso ou é tratado como investigado.

“Vamos pegar a cópia do inquérito e, a partir daí, decidir o que fazer, ver o que tem lá dentro, se ele está sendo investigado, para só então decidir. Se ele estiver sendo investigado, essa a investigação tem que ser tocada pelo Supremo. Mas ele pode apenas ter sido citado”, explicou o advogado.

Por telefone, Heráclito Fortes, que está em Nova York, Perguntado quando voltaria para o Brasil para, eventualmente, acompanhar o caso mais de perto, Heráclito Fortes disse que está pronto para isso. “Eu volto (para o Brasil) a qualquer momento se for chamado”, declarou.

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