O grupo Morgan Stanley vai investir em um usina de álcool no Brasil e definirá até o fim do ano seu parceiro nesse novo empreendimento. O interesse de um dos três maiores bancos de investimento dos EUA no etanol brasileiro começou em setembro do ano passado, quando a divisão de commodities do grupo deu início no país à exportação do combustível.
Embora seja um negócio relativamente novo para a companhia, as exportações de etanol contratadas pela área de commodities do Morgan Stanley para 2008 deverão somar de 10% a 15% do total embarcado no país. A Unica (União das Indústrias de Cana-de-Açúcar) estima exportações totais de até 5 bilhões de litros para a safra 2008/09. "O Morgan Stanley tem interesse em álcool à base de cana", disse ao Valor Irineu Meira, vice-presidente da divisão de commodities no Brasil e coordenador de energia, que inclui petróleo e derivados, braço controlado pelo Morgan Capital Group, que será responsável pelos investimentos em usinas no Brasil. Nos Estados Unidos, o grupo teve participação em uma usina de etanol à base de milho, mas se desfez do negócio para concentrar forças do álcool de cana.
Os investimentos do Morgan Stanley serão definidos nos próximos meses e não deverão ficar restritos a apenas uma unidade industrial. Neste primeiro momento, contudo, o grupo analisa uma participação em torno de 40% nessa primeira planta.
O que é certo é que essa primeira usina deverá ser próxima de um porto, de preferência o de Santos (SP). "A localização geográfica é muito importante por causa da logística de escoamento da produção até o porto", disse Meira, um dos três executivos contratados pelo grupo para tocar os negócios de etanol. Os outros dois executivos também já foram contratados e atuam em Nova York e em Londres.
No país, a divisão de commodities do grupo começou a negociar álcool a partir de setembro de 2007. Meira trabalhava na Noble Group, empresa de capital asiático que fez sua estréia na produção de álcool no país no ano passado. Ele foi chamado pelo Morgan Stanley para dar impulso aos negócios de etanol no país.
O Brasil já abastece mais de 50% do volume global de etanol negociado pelo Morgan Stanley, segundo Irineu Meira. O grupo tem empresas próprias de formulação de gasolina nos EUA e na Europa. Metade do volume exportado pelo Morgan Stanley é consumido pelas empresas do próprio grupo e o restante no mercado internacional.
Com tradição em commodities, essa divisão do Morgan Stanley opera desde o início dos anos 80 e emprega cerca de 370 pessoas no país, EUA, Canadá, Reino Unido, Rússia, China, Japão e Cingapura. "Operamos com todas as commodities, inclusive agrícolas, mas nossa atuação consiste, sobretudo, em hedge [fixação de preços]. Somente em álcool há movimentação física", afirmou o executivo.
Nos Estados Unidos, o Morgan Stanley tem terminais com áreas de armazenagem, docas para petroleiros, estrutura para formulação de gasolina e uma distribuidora, a Transmontaigne, adquirida em 2006 e com capacidade para armazenar 21 milhões de barris em 49 terminais. Essas empresas são controladas 100% pelo Morgan Capital Group.
Segundo Meira, parte do etanol exportado pelo grupo a partir do Brasil é enviado para Transmontaigne, que trabalha na formulação da gasolina que será distribuída para os postos de combustíveis americanos. Essa gasolina formulada tem uma mistura de cerca de 10% de álcool anidro brasileiro. O Morgan Stanley formula aproximadamente 20 bilhões de litros de gasolina por ano.
Na Europa, o álcool anidro do país chega pelo porto de Roterdã, na Holanda, e também é adicionado à gasolina antes de ser distribuído aos postos de combustíveis. Meira afirmou que o grupo também tem interesse em fazer o mesmo no mercado asiático, sobretudo Japão e Cingapura.
O interesse estrangeiro no setor sucroalcooleiro do país não é novo e reflete o potencial de demanda por etanol no mercado internacional. Grupos ligados ao mercado financeiro também passaram a olhar o segmento como forma de investimento. O primeiro foi o banco americano Goldman Sachs , que por meio de um fundo, negociou participação minoritária no grupo Santelisa Vale, de Sertãozinho (SP), em 2007.
Embora seja um negócio relativamente novo para a companhia, as exportações de etanol contratadas pela área de commodities do Morgan Stanley para 2008 deverão somar de 10% a 15% do total embarcado no país. A Unica (União das Indústrias de Cana-de-Açúcar) estima exportações totais de até 5 bilhões de litros para a safra 2008/09. "O Morgan Stanley tem interesse em álcool à base de cana", disse ao Valor Irineu Meira, vice-presidente da divisão de commodities no Brasil e coordenador de energia, que inclui petróleo e derivados, braço controlado pelo Morgan Capital Group, que será responsável pelos investimentos em usinas no Brasil. Nos Estados Unidos, o grupo teve participação em uma usina de etanol à base de milho, mas se desfez do negócio para concentrar forças do álcool de cana.
Os investimentos do Morgan Stanley serão definidos nos próximos meses e não deverão ficar restritos a apenas uma unidade industrial. Neste primeiro momento, contudo, o grupo analisa uma participação em torno de 40% nessa primeira planta.
O que é certo é que essa primeira usina deverá ser próxima de um porto, de preferência o de Santos (SP). "A localização geográfica é muito importante por causa da logística de escoamento da produção até o porto", disse Meira, um dos três executivos contratados pelo grupo para tocar os negócios de etanol. Os outros dois executivos também já foram contratados e atuam em Nova York e em Londres.
No país, a divisão de commodities do grupo começou a negociar álcool a partir de setembro de 2007. Meira trabalhava na Noble Group, empresa de capital asiático que fez sua estréia na produção de álcool no país no ano passado. Ele foi chamado pelo Morgan Stanley para dar impulso aos negócios de etanol no país.
O Brasil já abastece mais de 50% do volume global de etanol negociado pelo Morgan Stanley, segundo Irineu Meira. O grupo tem empresas próprias de formulação de gasolina nos EUA e na Europa. Metade do volume exportado pelo Morgan Stanley é consumido pelas empresas do próprio grupo e o restante no mercado internacional.
Com tradição em commodities, essa divisão do Morgan Stanley opera desde o início dos anos 80 e emprega cerca de 370 pessoas no país, EUA, Canadá, Reino Unido, Rússia, China, Japão e Cingapura. "Operamos com todas as commodities, inclusive agrícolas, mas nossa atuação consiste, sobretudo, em hedge [fixação de preços]. Somente em álcool há movimentação física", afirmou o executivo.
Nos Estados Unidos, o Morgan Stanley tem terminais com áreas de armazenagem, docas para petroleiros, estrutura para formulação de gasolina e uma distribuidora, a Transmontaigne, adquirida em 2006 e com capacidade para armazenar 21 milhões de barris em 49 terminais. Essas empresas são controladas 100% pelo Morgan Capital Group.
Segundo Meira, parte do etanol exportado pelo grupo a partir do Brasil é enviado para Transmontaigne, que trabalha na formulação da gasolina que será distribuída para os postos de combustíveis americanos. Essa gasolina formulada tem uma mistura de cerca de 10% de álcool anidro brasileiro. O Morgan Stanley formula aproximadamente 20 bilhões de litros de gasolina por ano.
Na Europa, o álcool anidro do país chega pelo porto de Roterdã, na Holanda, e também é adicionado à gasolina antes de ser distribuído aos postos de combustíveis. Meira afirmou que o grupo também tem interesse em fazer o mesmo no mercado asiático, sobretudo Japão e Cingapura.
O interesse estrangeiro no setor sucroalcooleiro do país não é novo e reflete o potencial de demanda por etanol no mercado internacional. Grupos ligados ao mercado financeiro também passaram a olhar o segmento como forma de investimento. O primeiro foi o banco americano Goldman Sachs , que por meio de um fundo, negociou participação minoritária no grupo Santelisa Vale, de Sertãozinho (SP), em 2007.
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