Uma frase no último despacho do presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, sobre a Operação Satiagraha a Justiça Federal e o Ministério Público em polvorosa. Segundo reportagem de Soraya Aggege, Carolina Brígido e Henrique Gomes Batista, publicada neste sábado no jornal O Globo, nos corredores das duas instituições, comenta-se que a qualquer momento todas as investigações envolvendo o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas poderiam ser retiradas de São Paulo e levadas a foro especial.
Depois do afastamento do delegado que comanda as operações, Protógenes Queiroz, "o próximo trunfo de Brasília" será a retirada estratégica do juiz Fausto de Sanctis - que entra em férias neste sábado -, afirmaram várias autoridades envolvidas nas apurações.
A decisão de Gilmar, em favor do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), foi de dar-lhe acesso a todo o inquérito, já que ele foi citado nos grampos da Polícia Federal (PF) e tem sido citado nos jornais como suposto colaborador de Dantas. No entanto, em seu despacho, Gilmar escreveu: "O mesmo direito deferido aos pacientes de acesso aos autos do procedimento investigatório deve ser estendido a todos os demais investigados, no que se inclui o senador Heráclito Fortes (...)".
- Quando o presidente do STF afirma que um senador é "investigado", significa que agora basta a este mesmo senador pedir seu direito ao foro especial. Ou seja: embora Heráclito não seja investigado, não seja alvo no inquérito, uma instância superior definiu, por escrito, que ele é "investigado", o que é um absurdo para dar uma brecha para que o caso saia de São Paulo e ganhe foro privilegiado - disse uma alta fonte da Justiça Federal.
A assessoria de imprensa do ministro nega a possibilidade. Segundo o STF, a decisão serviu apenas para garantir o acesso do senador ao caso, já que ele foi citado nas gravações. Não haveria nenhuma intenção de tirar o caso da 6 Vara Federal.Enviado por: Lafaiete Luiz - Globo
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração