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domingo, 20 de julho de 2008

BrOi: Para os entreguistas, bom mesmo era se a Oi pegasse empréstimo no Opportunity

O maior banco do país é o Banco do Brasil. Se o presidente Lula não tivesse vencido, já estaria nas mãos de um Daniel Dantas qualquer.

É natural o maior banco fazer o maior empréstimo de um dos maiores negócios do Brasil.

Isso explica o empréstimo de R$ 4,3 bilhões do Banco do Brasil à Oi/Telemar para comprar a Brasil Telecom.

Como em qualquer economia atual são os bancos, e não governos que devem financiar empresas privadas. Empreendimentos industriais são feitos com empréstimos de longo prazo, e pagos com a produção ao longo do tempo.

Diferentemente de outras épocas em outros governos este empréstimo é comercial, a juros de mercado: taxa CDI + 1,3%.

A Oi/Telemar terá que pagar esse empréstimo tirando de seus lucros que iriam para o bolso dos acionistas ao longo dos anos.
Da mesma forma que um taxista compra um carro financiado sem colocar o dinheiro do próprio bolso na hora da compra. Mas vai tirando o dinheiro do bolso mês a mês ao longo do prazo de financiamento, que pode ser com a renda do próprio táxi.

Taxa CDI é a taxa que um banco cobra quando empresta dinheiro a outro banco. Tem acompanhado o valor da taxa Selic (do Banco Central).

Portanto a operação é altamente lucrativa para o Banco do Brasil, e qualquer outro Banco (inclusive estrangeiros) gostaria de fazer esta operação e ficar com esse lucro, se tivessem cacife. Porque rende 1,3% a mais do que aplicar na Selic.

Se aplicar com juros Selic já é bom negócio, imaginem com mais 1,3% ao ano.

Neste empréstimo, o Banco do Brasil agiu estritamente como um banco comercial.

Não é empréstimo de fomento com TJLP do BNDES (abaixo das taxas de mercado).
Estes empréstimos do BNDES só podem ser feitos para incentivar a ampliação de parque produtivo ou infra-estrutura, e não para aquisição do que já está pronto, como outras empresas.

O BNDES estivesse emprestando à Oi com a taxa TJLP para comprar a BrT, aí sim seria maracutaia.

Tanto é um negócio comercial que outros Bancos Comerciais (Bradesco, Itaú, Santander) farão outro empréstimo de R$ 3,3 bilhões à mesma Oi/Telemar, também para aquisição da BrT, com taxas praticamente idênticas.

O dinheiro do BB para este empréstimo não vem de impostos, não vem do Tesouro Nacional, não vem do governo.
Ele vem dos Fundos de Renda Fixa do Banco do Brasil, onde os correntistas investem. É dinheiro dos correntista, e os juros que a Oi/Telemar pagar, irão remunerar as aplicações dos correntistas.

O dinheiro dos Fundos de Renda Fixa é aplicado parte em títulos da dívida pública emitidos pelo Banco Central, e parte em títulos privados: CBD, CDI, CCB. A operação com a Oi/Telemar foi através de CCB (Cédulas de Crédito Bancário).

Há críticas que só interessam à vendilhões da pátria, que querem enfraquecer a economia nacional.
Os mesmos que venderam as teles, a Vale, não querem que o Banco do Brasil seja o maior banco comercial nacional.
Querem maracutaias para levar esses lucros para os bancos privados e estrangeiros, para enviarem remessa de lucros para o exterior, como fazia o Opportunity.

Além disso, querem aproveitar o ensejo para arranhar a imagem do governo e desgastar politicamente.

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