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quarta-feira, 30 de julho de 2008

BC: esforço fiscal do governo é o maior desde 1991


A economia do governo de janeiro a junho deste ano, de R$ 86,116 bilhões ou 6,19% do Produto Interno Bruto (PIB), foi a maior já registrada para um primeiro semestre desde o início da série histórica do Banco Central, em 1991. A informação é do chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. Esse número se refere ao esforço fiscal do setor público consolidado, que envolve as contas do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e BC), Estados, municípios e empresas estatais. Altamir também informou que o resultado primário do governo central no acumulado dos 12 meses é o melhor resultado da série. Nesse período, o esforço fiscal somou R$ 75,999 bilhões.

Ele anunciou que o gasto com juro nos primeiros seis meses do ano (R$ 88,026 bilhões) foi o maior da série histórica para o semestre. O gasto com juros nos 12 meses encerrados em junho (R$ 168,704 bilhões) também foi o maior da série histórica iniciada em 1991, de acordo com o BC.

Altamir explicou que a marca recorde foi gerada por três fatores: aumento da dívida, perdas com operações de swap e alta da inflação. Segundo ele, a dívida crescente faz com que a despesa com juro aumente naturalmente. Outro fator citado é a perda com swap, que somou R$ 4,8 bilhões no acumulado dos seis meses. Esse prejuízo, porém, é igual ao registrado no primeiro semestre de 2007.

O terceiro fator comentado por Altamir é o efeito do aumento da inflação. Nos seis meses de 2007, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 2,08%. Em igual período de 2008, o índice subiu para 3,64%. Ao mesmo tempo, a participação do IPCA no total da dívida subiu de 17,2% para 22,2% no período. Juntos, a inflação em alta e o maior peso do IPCA elevaram o gasto.

Altamir também informou que o déficit nominal no semestre em reais (R$ 1,910 bilhão) é o mais baixo desde igual período de 1993, quando o resultado foi de R$ 1,113 bilhão. Em relação ao PIB, o déficit nominal de janeiro a junho (0,14% do PIB) é o mais baixo da série

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