Mesmo sob suspeita de prática de propina no setor público brasileiro, a Alstom, fornecedora de equipamentos para o setor de energia e transporte, anunciou na sexta-feira o fechamento de contratos com o governo estadual paulista José Serra PSDB, para modernizar o sistema das linhas 1, 2 e 3 do metrô de São Paulo, no valor de R$ 712 milhões (ou 280 milhões de doláres).
Além do novo contrato, a empresa vai construir uma nova fábrica no País, em Rondônia, para atender especialmente a hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira, que, conforme acordo firmado com o consórcio vencedor do projeto - liderado pela construtura Odebrecht e Furnas -, utilizará as turbinas desenvolvidas pela companhia.
As denúncias em torno dos negócios da Alstom vieram à tona em maio, após o "Wall Street Journal" publicar matéria relatando que a multinacional estava sendo investigada por autoridades francesas e suíças sobre o pagamento de uma suposta propina de milhões de dólares para ganhar contratos na Ásia e na América Latina. A denúncia do jornal norte-americano diz que o banqueiro Oskar Holenweger, de Zurique, teria sido o agente do grupo no pagamento dos possíveis subornos para obter contratos entre 1995 a 2003.
Em São Paulo, as denúncias giram em torno de propina de US$ 6,8 milhões, valores que teriam sido pagos pela Alstom para ganhar um contrato de US$ 45 milhões para a expansão do metrô de São Paulo, a chamada linha amarela.
Hoje, a Alstom emprega cerca de 4 mil pessoas no Brasil e mantém duas unidades fabris, uma em Taubaté, no interior paulista, outra no bairro da Lapa, na capital de São Paulo.
Parceria com a Bardella
Sobre a nova fábrica em Rondônia, a empresa construirá a unidade em parceria com a Bardella. Cada companhia terá 50% da nova fábrica, que receberá investimento de R$ 80 milhões .
A iniciativa para a instalação da unidade no Norte do País se deu por conta de um contrato fechado entre a Alstom e a Odebrechet, a líder do consórcio vencedor da usina de Santo Antônio, que utilizará as turbinas desenvolvidas pela empresa francesa.
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