O PSDB conseguiu a façanha de eleger, pela primeira vez no Rio Grande do Sul, uma mulher para governar o Estado. Quase 18 meses após a posse, a tucana Yeda Crusius vive emparedada por um escândalo de corrupção que se tornou uma crise política, com a queda de quatro secretários, e uma situação fiscal complicada, com a previsão de fechar este ano com R$ 1,2 bilhão no vermelho.
O PSDB chegou ao Palácio Piratini (sede do governo) com uma base pouco expressiva: o partido administra 17 dos 496 municípios do Estado e ocupa 5 das 55 cadeiras da Assembléia. Para vencer o segundo turno, aliou-se ao PMDB e ao PP, que juntos detêm 18 deputados estaduais, gerenciam 288 cidades e reúnem 410 mil filiados -cinco vezes mais que os tucanos.
Já a aliança com partidos bem mais expressivos numericamente na conjuntura estadual já deu sinais de fragilidade: Yeda foi derrotada duas vezes ao tentar aprovar impostos.
"Yeda tem um problema sério com o PMDB, que só volta ao poder se tirar o PSDB do caminho", disse o cientista político Paulo Moura, da Ulbra (Universidade Luterana no Brasil).
Se a base na Assembléia é um terreno movediço, Yeda ainda está na mira de adversários que a fustigam numa CPI montada para apurar desvio de R$ 44 milhões do Detran. Outro problema é o vice, Paulo Feijó (DEM), com quem ela rompeu. Feijó gravou e divulgou conversa em que o ex-chefe da Casa Civil Cézar Busatto admitiu uso de estatais para financiar campanha.
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