O Ministério Público diz que vai investigar a Alstom, vão convocar o engenheiro José Sidnei Colombo Martini para explicar os contratos que a EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia), do governo paulista, fez com o grupo francês. Martini, ex-diretor da Alstom, tornou-se presidente da EPTE em 1999 e, dois anos depois, assinou um contrato de R$ 4,82 milhões, sem fazer licitação, com a empresa da qual saíra.
A Alstom foi contratada para acondicionar, armazenar e estender a garantia por mais 12 meses de seis transformadores que a EPTE havia comprado da própria Alstom, mas que não podiam ser instalados porque a obra da subestação em que eles seriam usados estava atrasada. A empresa havia pago R$ 110 milhões pelos transformadores, em valores de 1998.
Dois especialistas em negócios públicos ouvidos pela Folha consideraram estranho o contrato adicional de R$ 4,82 milhões porque contratos de compras de R$ 110 milhões contemplam sempre a possibilidade de atraso.
Documentos enviados espontaneamente pelo Ministério Público da Suíça apontam que a Alstom pagou "gratificações ilícitas" a políticos do governo de São Paulo para obter o contrato de R$ 110 milhões. Os pagamentos de propina ocorreram entre 1998 e 2001, no governo de Mário Covas (PSDB).
Ao saber da decisão do MP, ontem, em entrevista à rádio "CBN", direto dos EUA, o governador José Serra (PSDB) atacou a oposição.
"Como o PT está com escândalo atrás de escândalo, ele consegue plantar na imprensa essa confusão de que todo mundo está metido em irregularidade. Conosco não."disse Serra
Alguém precisa avisar José Serra que, quem divulgou as primeiras notícias, foram os jornais internacionais, em manchete pelo "Wall Street Journal", a investigação da francesa Alstom por suborno para conseguir obra no metrô de São Paulo, entre outros casos, prosseguiu na cobertura no "Financial Times" e ganhou companhia dos jornais franceses "Le Monde", "Le Figaro".Pelo que nós sabemos, esses jornais, não são petista
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