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quinta-feira, 5 de junho de 2008

PSDB está por trás das denúncias de Denise Abreu


Para encobrir o escândalo PSDB/Alstom, tucanos se juntam a Denise de Abreu

Pessoas próximas a Denise disseram ainda que ela pediu ao PSDB proteção porque estava disposta a revelar para a imprensa o que presenciou como diretora da Anac.


Ex-diretora se dizia abandonada pelo governo

A ex-diretora da Anac Denise Abreu enviou recados ao Palácio do Planalto nos últimos dois meses de que estaria se sentindo abandonada pelo governo em geral e pela secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, em particular.

A amigos Abreu relatou que atuou na Anac em sintonia com os interesses da Casa Civil e que sempre tratou com Erenice dos principais assuntos. Porém, no episódio do caos aéreo, em 2007, ela foi forçada a sair da Anac. No seu ponto de vista, foi usada como bode expiatório.

Abreu está sendo investigada pelo Ministério da Defesa e, segundo o advogado Roberto Teixeira, um dos alvos de seus ataques, sua situação é delicada. Essa "fragilidade jurídica", argumenta ele, explicaria as acusações agora, uma tentativa de politizar seu caso.

Já a avaliação do Palácio do Planalto é que as acusações seriam parte de uma "guerra comercial" das empresas envolvidas na operação e de "ressentimentos e frustrações" da ex-diretora, segundo expressões de auxiliares do presidente Lula.Ontem, a cúpula do governo se reuniu no Planalto para debater o caso. A conclusão foi que, por ter sido uma operação decidida pela Justiça, dentro do processo de falência da companhia, o governo estava tranqüilo e não teria tido nenhuma participação direta no episódio.

A cúpula do governo não acredita em envolvimento do ex-ministro José Dirceu, a quem Abreu é ligada, como especularam assessores palacianos e petistas. A própria Dilma Rousseff (Casa Civil), alvo da ex-diretora, não dá crédito a essa tese, mas, no Planalto, assessores de Lula diziam que Abreu não daria uma entrevista naquele tom sem avisar e pedir autorização a Dirceu.

Pessoas próximas a Denise disseram ainda que ela pediu ao PSDB proteção porque estava disposta a revelar para a imprensa o que presenciou como diretora da Anac. (Da folhatucana)

O Ministério da Defesa investiga a atuação de Denise Abreu e dos demais integrantes da diretoria anterior da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em sindicância interna aberta em setembro do ano passado, quando o grupo foi destituído. A investigação foi confirmada ontem pela Controladoria Geral da União (CGU), que informou ter cedido servidores para auxiliar na apuração. O Ministério da Defesa não se pronunciou.

Originalmente, a sindicância foi instaurada para apurar a denúncia de que ela apresentou um documento sem validade à Justiça para impedir que fossem restringidas as operações na pista do aeroporto de Congonhas. A limitação para pousos e decolagens fora determinado pela Justiça Federal após o acidente com o Airbus-A320 da TAM, em julho do ano passado, que deixou 199 mortos.

A sindicância, porém, já tratou de outras decisões da Anac. O procedimento foi aberto por determinação do ministro Nelson Jobim (Defesa), logo após a renúncia de Denise. A ex-diretora (que deixou a Anac em agosto alegando motivos pessoais) disse ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que seu advogado, Araldo Dal Pozzo, tenta, sem sucesso, ter acesso ao conteúdo da investigação. Ela já prestou depoimento, em que alegou inocência.

Parecer foi técnico, diz ex-procurador

O ex-procurador-geral da Anac João Ilídio de Lima Filho negou ontem que tenha sido pressionado pela Casa Civil para avalizar a venda da VarigLog para o fundo de investimentos Matlin Patterson e três sócios brasileiros, como acusou a ex-diretora da agência Denise Abreu.

Ilídio afirmou que o parecer assinado por ele, permitindo a operação, foi "estritamente técnico". "Fiquei estarrecido. Refuto como inverdade o que ela [Abreu] diz a meu respeito", disse ele. O procurador se desligou em janeiro deste ano da Anac, mas mantém cargo no governo, na Conab, ligada ao Ministério da Agricultura.O procurador negou conhecer Dilma Rousseff.

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