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terça-feira, 3 de junho de 2008

ONU apóiam Lula e cobram o fim dos subsídios

Roma (Itália) - Secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, com Presidente
Lula



A briga do Presidente Lula pelo fim dos subsídios agrícolas ganhou apoio do diretor-geral do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, e do diretor-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, nesta terça-feira, 3, na abertura da reunião de Cúpula do órgão, em Roma. Em seu discurso de abertura, Ki-moon pediu o ajuste de tarifas para permitir o livre comércio e uma rápida solução da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). "Precisamos agir para uma resistência de longo termo e contribuir para uma segurança alimentar global. Isso significa eliminar taxas de comércio que distorcem os mercados", afirmou Ki-moon. Diouf foi ainda mais enfático, incluindo aí os subsídios dados à produção de biocombustíveis - nesse caso, uma crítica que cabe para os Estados Unidos e alguns países europeus. "Ninguém pode entender como US$ 11 ou US$ 12 bilhões por ano em subsídios e tarifas protecionistas dados em 2006, que tiveram o efeito de tirar do consumo humano mais de 100 milhões de toneladas de cereais, a maioria para satisfazer a sede de combustíveis para veículos", afirmou.

Ele condenou, também, as políticas protecionistas dos países desenvolvidos. "Acima de tudo, ninguém pode entender como, primeiro, os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) criaram uma distorção tal no mercado mundial com US$ 372 bilhões gastos em 2006 para apoiar sua agricultura. Depois, que o desperdício de comida em um único país pode chegar a U$ 100 milhões por ano; finalmente, que em 2006 o mundo tenha gasto U$ 1,2 trilhão em compras de armas", disse.

"Com esse cenário, como podemos explicar para pessoas de bom senso e boa-fé que não é possível encontrar US$ 30 bilhões por ano para permitir que 862 milhões de pessoas famintas possam ter o mais fundamental dos direitos humanos: à comida e, conseqüentemente, à vida ?", questionou.

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