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domingo, 15 de junho de 2008

O "super-herói" do DEMos não corre risco de expulsão

Enquanto o vice-governador de Yeda Crusius passa por processo de expulsão do DEMos por ter divulgado a corrupção demo-tucana...

No Rio de Janeiro o Deputado Estadual Natalino José Guimarães continua impávido e no diretório Regional do partido, fazendo companhia a César e Rodrigo Maia, Solange Amaral e outros:
Em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, Natalino é conhecido em seu reduto eleitoral como "Batman", e faz campanha usando o símbolo do homem-morcego, super-herói.


Batman é justiceiro nas histórias em quadrinhos e no cinema. Coincidentemente, em Campo Grane, há uma milícia (policiais que substituem o controle do tráfico nas comunidades carentes) que usa o mesmo símbolo, e chama-se "Liga da Justiça".

As milícias controlam o transporte irregular de Perueiros, as "gatonet" (sistema de TV a cabo pirata), comércio de botijão de gás, aluguel de imóveis, construção, jogos, caça-níqueis, etc.

As milícias também privatizam a segurança pública.
Casas e lojas pagam para ter proteção e tem o símbolo na porta.

O símbolo também serve para demarcar territórios. Indica que aquela área fica sob controle da milícia.

Natalino e seu irmão Jerominho (vereador pelo PMDB), já são réus em ação penal na justiça acusados de chefiar a organização criminosa. Jerominho está preso desde dezembro passado.

Mais investigações continuam e envolvem homicídios, desaparecimento de testemunhas, extorsões e ameaças.

O deputado, antes de fazer carreira política no DEMos, foi inspetor de Polícia na 35ª DP, de Campo Grande.

Na semana passada, uma bomba de fabricação caseira foi jogada nesta delegacia. Não houve vítimas, apenas danos materias. Os autores do crime, foram presos, e o delegado diz que apontaram Natalino como mandante.

A motivação seria a repressão à milícia. Nas últimas 2 semanas, a polícia prendeu 5 pessoas do grupo. A repressão atrapalha a exploração econômica de atividades ilícitas.

Após a bomba a repressão às ilegalidades se intensificou. A polícia estourou uma central clandestina de TV a cabo (‘gatonet’) e houve apreensão de 83 Kombis, vans e motos exploradas pela milícia. Na comunidade de Cosmos, uma festa junina acabou cancelada pela ação de agentes, que recolheram grades de ferro pintadas com o nome do deputado Natalino.

O Deputado e o irmão ainda são suspeitos de serem mandantes da tortura a uma equipe de reportagem do Jornal o Dia, na Favela do Batan, em Realengo, na Zona Oeste. Faziam uma reportagem investigativa sobre milícias. Natalino nega, dizendo que não atua naquela área. Mas um assessor parlamentar teve a voz reconhecida pelas vítimas, no cativeiro, e suspeita-se que seja de seu gabinete.

César Maia já manifestou simpatia por milícias. Considerou um mal menor. Chegou a chamá-las de “autodefesas comunitárias”, num elogio ao modelo de segurança colombiano.

Com tudo isso, desde que não denuncie nenhuma corrupção demo-tucana, Natalino continua um dos quadros mais reluzentes do diretório estadual dos DEMos no RJ.

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