Aqui matamos a cobra e mostramos a cobra morta.
A revista Veja INVENTOU boa parte da reportagem que fez esta semana sobre a Varig.
Foi feita sem qualquer apuração maior, recheada de frases de efeitos e meras zombarias.
É desmentida pela recente entrevista do ex-presidente da Varig ao jetsite (clique aqui para ver) em janeiro de 2008:
MENTIRA No. 1 da revista Veja:
A revista diz que a TAM tinha uma oferta para comprar a Varig maior (o dobro) do que a GOL e foi "preterida" (acredito que a revista insinua que tenha sido preterida pelo governo federal, pois a matéria é muito mal escrita em termos de objetividade para entender claramente).
Marco Antonio Audi - quem comprou e vendeu a Varig - desmente:
"A situação de caixa era tão apertada, que nós tínhamos que vender rápido, senão iríamos parar de voar. Na reta final, havia a TAM e da Gol [interessadas em comprar]. A da TAM era muito melhor, só que ela exigia mais tempo para fechar o negócio. E esse tempo nós não tínhamos. Afinal, no escritório dos advogados, assinamos o contrato com a GOL, à meia-noite de uma quarta-feira, de 28 para 29 de março de 2007.
Estávamos tão apertados que precisávamos de 4 milhões de reais somente para rodar o caixa da companhia até a segunda-feira seguinte, 2 de abril. Só que não tínhamos dinheiro para nada... Na segunda-feira, 2 de abril, a Gol assumiu a gestão do caixa da companhia. A Varig, em novas mãos, estava salva. Mais uma vez. Recebemos quase 100 milhões de dólares, em dinheiro e mais o equivalente a 177 milhões, em ações da Gol."
A Veja mentiu duas vezes. A TAM não foi preterida e a venda foi por US$ 277 milhões e não US$ 320 milhões.
MENTIRA No. 2 da revista Veja:
A revista disse que a Varig foi comprada por apenas US$ 24 milhões.
Marco Antonio Audi, desmente:
".. Assim iniciamos a captação dos empréstimos que seriam no valor de até 485 milhões de dólares como estabelecido no Business Plan [Plano de investimentos necessários para comprar e reerguer a Varig].
...
Até aquele dia, dos 485 milhões que necessitaríamos, havíamos obtido 211 milhões. Faltaram 270 milhões para captar, pois eles não cumpriram a parte deles e as empresas ficaram sem caixa. Naquele dia percebi que não teria escolha, a não ser vender a Varig. Caso contrário, iríamos quebrar. E ia levar tudo junto. Aí tivemos que vender a companhia."
A Veja mentiu, pois a Varig foi ARREMATADA em leilão por US$ 24 milhões, e depois foram investidos na empresa pelo menos 211 milhões, antes da venda.
Total: US$ 235 milhões.
Atualização: O Jornal Nacional entrevistou o representante do Fundo em Nova York, Lap Chan, e ele disse que foram cerca de US$ 250 milhões investidos antes da venda da Varig.
MENTIRA No. 3 da revista Veja e também do Estadão:
Diz que os sócios brasileiros eram "laranjas".
Marco Antonio Audi desmente:
"Jetsite: os recursos para a compra vinham dos sócios norte-americanos?
Marco Antonio Audi: Não. O fundo Mattlin Patterson não investiu um centavo na companhia. O fundo conseguiu empréstimos. Não era investimento deles. Está lá para quem quiser ver; Tudo registrado no Banco Central. Aquilo que se pode chamar de investimento foi feito por nós, pela Volo do Brasil. Eu e meus sócios brasileiros investimos 40%, e eles entraram com 60%. O maior aporte de recursos vem de empréstimos. O nosso papel era arrumar a casa e tocar o negócio: o deles era arrumar os empréstimos. Com tudo isto entendido, começamos a vida assim em agosto de 2006."
Além disso, o próprio fato de Marco Antonio Audi ter sido o presidente da Varig, é uma constatação inequívoca de que ele não era um "laranja".
A CORRUPÇÃO TUCANA na ALSTOM deve ser maior de que pensamos, para publicarem QUALQUER COISA que faça cortina de fumaça (até de charuto apagado serve)... a toque de caixa, sem qualquer apuração. Mesmo que seja este verdadeiro DEBOCHE DO LEITOR.
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