O setor de fundos de investimento brasileiro já ocupa a décima colocação entre os maiores mercados de administração de recursos de terceiros e é o maior entre os países que compõem o grupo dos Bric (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China). A informação é o do Investment Company Institute (ICI), associação do setor de fundos dos Estados Unidos, que compilou dados referentes a 44 países. No ano passado, a indústria mundial de fundos encerrou com patrimônio de US$ 26,2 trilhões. O valor é 20% superior ao registrado no encerramento de 2006 e marca o quinto ano consecutivo de expansão.
De acordo com os dados da ICI, o Brasil mantém a liderança do ranking na América Latina, com mais de US$ 615 bilhões em patrimônio no encerramento de 2007. O valor também bate qualquer um dos outros Bric. No final de 2007, o setor de fundos de investimento na Rússia somava US$ 7,17 bilhões. A Índia contava com US$ 108 bilhões e a China acumulava US$ 434 bilhões. O número não contabiliza Hong Kong, que fechou o ano com patrimônio de US$ 818 bilhões.
Segundo a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), o Brasil acompanha essa evolução internacional da indústria. Em nota na qual comenda os dados da ICI, a Anbid destaca que a indústria brasileira passou a ocupar lugar de destaque no ranking internacional. No ano passado, quando bateu o marco histórico de R$ 1 trilhão em patrimônio, o país passou a ser incluído entre os 15 maiores do mundo, ocupando décima colocação. Ainda de acordo com a associação, o bom desempenho não é apenas resultado do número do patrimônio, mas também dos avanços registrados na transparência e nas regras de proteção ao investidor. Atualmente, o setor de fundos no Brasil soma patrimônio de R$ 1,226 trilhão.
A Anbid também chama atenção para o perfil da indústria brasileira, que é bem diferente da internacional. Segundo a ICI, na média mundial, 48% do patrimônio dos fundos de investimento estavam em ações no ano passado. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa participação girando em torno de 55%. No Brasil, porém, este índice gira em torno de 10%, sendo que cerca do patrimônio 70% ainda está concentrando em renda fixa.
Mas tal cenário vem mudando, segundo a associação, pois o crescimento do mercado acionário nos últimos anos vem atraindo um número considerável de investidores interessados na bolsa.
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