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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Brasil discutirá mudanças climáticas com o G-8


A participação do Brasil está confirmada no encontro de cúpula do G-8, espécie de diretório econômico do planeta, que se realizará de 7 a 9 de julho na ilha de Hokkaido (norte do Japão). Depois de problemas no G-8 organizado pela Alemanha no ano passado, o Lula tinha avisado aos japoneses que não iria apenas para "a sobremesa", e queria um formato com participação maior.

Na quinta-feira, Tóquio confirmou um formato que satisfaz o Brasil, no momento. O grupo de emergentes, o G-5 - Brasil, China, Índia, África do Sul e Nigéria - participará do café da manhã com o G-8 - EUA, Alemanha, Japão, França, Itália, Canadá, Grã-Bretanha e Rússia. Depois, os dois grupos terão um encontro ampliado sobre mudanças climáticas, também com Austrália, Indonésia e Coréia do Sul. Enfim, o G-5 e G-8 voltarão a se reunir num almoço.

O Presidente Lula delineou ontem os quatro temas de sua agenda: preço do petróleo, etanol, crise americana dos subprime e inflação global. "Eu quero discutir a crise da subprime, mas eles (os ricos) não", disse. "Vão achar que sou chato, mas vou teimar".

Lula sabe que a pressão continuará sobre a Amazônia, o que provocou ontem uma dura reação do presidente. "Agora [os países ricos] estão olhando para a Amazônia, [indagando] porque não somos nós que temos a Amazônia, porque não é nossa, porque é só do Brasil, Peru, Colômbia? Todo mundo está de olho na Amazônia. Ótimo. Mas precisam entender que a Amazona é dos países amazônicos. Segundo, que podem contribuir para um modelo de desenvolvimento sustentável. Mas até agora tiveram muitas palavras e pouco dinheiro".

No G-8, na Alemanha, ano passado, foi lançada uma iniciativa para integrar cada vez mais os cinco emergentes na governança mundial. Para isso, foi criado um secretariado na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Só que na Alemanha começou também a divergência pois soltou um documento no qual o G-5 parecia aceitar propostas do G-8, inclusive sobre a questão de corte nas emissões de gases de efeito-estufa para reduzir o aquecimento global.

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