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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Acabou!


Líderes do PSDB e do DEM admitem deixar de usar comissões parlamentares de inquérito para investigar o governo: A abertura da comissão representou "um fracasso anunciado".

Já não era sem tempo, mas finalmente a bancada governista trabalhou bem no congresso e câmara para não deixar o espetáculo CPI se alongasse. É bom lembrar que uma CPI é paga com o dinheiro do nosso bolso, para ser palanque eleitoral para os caça votos da oposição. Desta vez, com uma base de apoio amplamente majoritária e formada por nada menos que 14 partidos, os líderes governistas indicaram para compor a CPI apenas parlamentares neutralizaram opalanque da oposição .

Por conta do fracasso da CPI dos Cartões, que está prestes a encerrar suas investigações sem fazer nenhuma descoberta de irregularidade, representantes da oposição já admitem que devem abrir mão de propor investigações desse tipo dentro do Congresso por um longo período.

"A solução é dar um tempo nas CPIs. Essa é a saída para que elas voltem a se fortalecer como um instrumento institucional do Congresso. Porque, depois de aprender com os efeitos da CPI dos Correios, o governo mudou de estratégia ",abertura da comissão representou "um fracasso anunciado". disse o vazador Álvaro Dias, ao jornal O estado de S.Paulo.

"Hoje em dia, a Polícia Federal tem produzido mais fatos concretos do que as investigações das CPIs. Não sei se vale a pena insistir nesse tipo de investigação, já que o governo trabalha para abafar esse instrumento", falou o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ) também ao mesmo jornal.

A própria oposição admite também que a abertura da CPI dos Cartões aconteceu quando o caso já estava sendo investigado amplamente pela imprensa e já tinha até motivado o pedido de demissão de Matilde Ribeiro, então ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Também para o jornal Estadão, falou Chico Alencar:"Reconheço que o motivo que provocou a abertura da CPI era menor em relação a muitos problemas dentro do governo", admite o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). "Depois, com a descoberta de que o governo teria montado um dossiê com gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a CPI tentou mudar seu rumo no meio do caminho para pegar no tranco. Mas acho que se vulgarizou muito o instrumento da CPI. A minha impressão é que essa legislatura já encerrou seu ciclo de altos teores políticos."

Como ainda não terminou oficialmente, a CPI deve concluir seus trabalhos até o próximo mês. Não pedirá indiciamentos de ninguém, não fará acusações pesadas, não provocará novas polêmicas.

A tendência agora é que se produzam no Congresso apenas CPIs que tenham abordagens mais sociais. É o caso de algumas comissões que estão funcionando atualmente na Câmara e no Senado, como a CPI do Sistema Carcerário ou a CPI da Pedofilia. A avaliação geral é que elas podem produzir boas radiografias sobre as situações estudadas e propostas interessantes. Mas, mesmo sem ter viés político, também enfrentarão dificuldades para serem colocadas em prática.E claro, não ganha os holofotes da mídia

"As análises que saem dessas comissões são muitas vezes boas, com diagnósticos profundos. Mas as propostas que surgem acabam não sendo viabilizadas", lamenta o deputado Chico Alencar.E assim, termina mais um espetáculo, pago com dinheiro público, que os parlamentares não contam quanto sae dos cofres, a cada vez que eles buscam as luzes e câmeras de TVs

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