É sempre assim, quando uma CPI começa a atingir os demo-tucanos, a oposição "amarela" e trata de encerrá-la.
Hoje faltou quorum até para terminar de inquirir José Aparecido, que foi dispensado de depor. E faltou quórum pela ausência de oposicionistas também. Os ânimos são de apagar das luzes.
Há cheiro de conchavo no ar. A CPI atingiu em cheio Álvaro Dias, e começou a respingar em toda a cúpula tucana, começando por Arthur Virgílio.
Depois que a tapioca federal virou SERRAcard, a CPI passou a ser tocada pelo "baixo clero" do Congresso. A falta de rumo levou a lançar o factóide do dossiê. Outro tiro no pé, que pode levar à cassação de Álvaro Dias, e se procurassem bem, talvez até de Arthur Virgílio.
O impressionante é o fundo do poço a que chegou a oposição, com sua atuação desesperada na fabricação deste escândalo chamado "dossiê".
Hoje os oposicionistas devem estar barganhando a cabeça do Álvaro Dias em troca de desistir de pressionar pela demissão de algum funcionário do terceiro escalão na casa civil.
Quem diria: um Senador da oposição, ex-governador de um dos estados mais ricos do Brasil, valendo o mesmo ou menos que assessor do terceiro escalão, nas barganhas políticas.
Nós queremos que os governistas prossigam até o fim. Vá lá que acabe com a CPI, pois só serve para palco e gastar dinheiro à toa, mas que investigue Álvaro Dias no conselho de ética, e lhe dê punição exemplar.
Mas a realidade política não aponta para isso. Existe 2 mundos políticos. Um mundo cidadão, a que nós pertencemos. Outro bem diferente é feito como se fosse num clube fechado no Congresso, muito distante de nós.
Exceto no período de campanha eleitoral, os parlamentares convivem mais com seus adversários do que com seus eleitores. Seus netos e filhos frequentam as mesmas escolas, shoppings, academias, suas famílias são amigas, eles são vizinhos, se relacionam socialmente fora do plenário.
O ambiente é como numa "pelada" de futebol. Durante o jogo distribuem bordoadas. Após o jogo, confraternizam com o churrasco e a cerveja, à espera da próxima partida na semana seguinte, onde algum adversário de hoje pode jogar no time oposto de amanhã.
Será quando teremos uma representação parlamentar que, em vez de correr para o cafezinho do Congresso, ou para reuniões do "clube", inclusive com adversários, correrão para a internet ou para a praça pública conversar e responder a seus eleitores?
Acho que a resposta está nas mãos de nós, eleitores. Vamos continuar pressionando para que gente nociva à política saudável, como Álvaro Dias, não seja premiado com a impunidade.
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