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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Governo registra superávit de R$ 48 bilhões no quadrimestre


O governo Lula central registrou superávit primário de R$ 48 bilhões no primeiro quadrimestre de 2008, o equivalente a 5,31% do Produto Interno Bruto (PIB), mais do que o dobro da meta de 2,2% estipulada para todo o ano. O Tesouro Nacional informou ontem que o resultado superou em R$ 15 bilhões a meta de R$ 33,6 bilhões estipulada para o período, mesmo sem a contribuição da CPMF . O montante cresceu 44,5% na comparação com os R$ 33,2 bilhões apurados em igual período do ano passado.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, atribuiu o resultado do ano a dois "fenômenos". Ele citou o aumento das receitas tributárias sazonais nos primeiros meses do ano alinhado às despesas mais fracas. O aumento das receitas é reflexo do aquecimento da atividade econômica.

O superávit primário -- a economia feita pelo governo para o pagamento da dívida pública -- apurado entre janeiro e abril superou até a meta global de 3,8% do PIB estipulada para o ano.O governo Lula registrou superávit primário de R$ 16,7 bilhões em abril, acima dos R$ R$ 10,7 bilhões no mesmo mês de 2007.Nos últimos 12 meses, encerrados em abril, o superávit do governo central foi de R$ 72,6 bilhões, respondendo por 2,73% do PIB. O resultado também supera a meta para todo o ano de 2008.

Já as receitas líquidas subiram 4,9%, ante aumento de 2,1% na mesma etapa do ano passado. Ele disse ainda que os R$ 7,5 bilhões que serão desembolsados este ano para os servidores públicos não foram contabilizados no resultado do quadrimestre.
"Os impulsos fiscais são contracionistas e não expansionistas", destacou.


De acordo com a nota do órgão, O Tesouro Nacional contribui com R$ 60,7 bilhões no acumulado do ano, ante R$ 47,4 bilhões no mesmo período do ano anterior. Já a Previdência Social apresentou rombo de R$ 12,5 bilhões, abaixo dos R$ 14 bilhões de igual etapa de 2007. Enquanto que o rombo do Banco Central foi de R$ 128 milhões, ante os R$ 194 milhões.

Augustin defendeu também a criação do fundo soberano. Para ele, "o fundo soberano é uma poupança do país e tem um efeito importante, pois ele vai absorver os efeitos cíclicos", afirmou. "O fundo soberano tem um papel anticíclico e não se pode dizer que ele vai aumentar as despesas. Ele é uma poupança apenas que quando houver necessidade o Brasil pode usar", declarou.

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