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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Em São Paulo, Serra e Kassab não “desgrudaram” de Lula



A assinatura de convênios para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desta vez no estado de São Paulo, levou o prefeito do demo e o governo tucano lado a lado com o Presidente Lula. Sempre acompanhado do governador tucano, José Serra, além de prefeitos beneficiados pelas obras e um séquito de ministros, o Presidente voltou a lembrar de problemas como a inflação, a nova CPMF e a reeleição.

A recriação da CPMF foi o único assunto a que reagiu a perguntas. "Primeiro eu vou deixar claro que não partirá do governo e não haverá por parte do governo qualquer iniciativa para que o Congresso Nacional aprove qualquer imposto", garantiu ontem o presidente em Santos, cidade do litoral paulista, pouco depois de conduzir uma cerimônia para assinatura de convênios para obras incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Lula falou da disposição do Congresso em aprovar a Emenda 29 que exige maiores investimentos no setor da Saúde. "A única coisa que eu acho é que se o Congresso Nacional quer regulamentar a Emenda 29 e aumentar o dinheiro para a Saúde, é importante que os companheiros pensem em como aumentar o dinheiro para a Saúde sem ter uma nova receita. Para nós, ela foi aprovada por unanimidade no Senado, a Câmara tem que votar e eu só espero que as pessoas pensem na Emenda 29, mas pensem, sobretudo, que só é possível aumentar a despesa se aumentar a receita", disse Lula.

Já em São Paulo, no centro da maior favela da cidade - a Heliópolis - onde também assinou uma série de convênios para obras do PAC na cidade, o tema do Presidente foi a inflação. Para ele, controlar a inflação no País é "um desafio bom". "Vocês estão vendo na televisão: a inflação está voltando. Está uma pressão inflacionária no mundo inteiro. Por quê? Por causa de alimento. Não é porque o Brasil deixou de produzir alimento. Este ano nós vamos bater, outra vez, Serra (José), recorde na produção de grãos. Vamos para 142 milhões de grãos, de toneladas produzidas", garantiu o presidente.

Lula lembrou que; "O chinês está comendo mais, indiano está comendo mais, brasileiro está comendo mais, no Nordeste, estão comendo mais, na África, estão comendo mais, na América Latina, estão comendo mais. O que acontece? Mais boca comendo, vai ser preciso colocar, como a mãe da gente dizia, mais água no feijão", simplificou Lula diante de uma platéia formada basicamente por moradores da favela e de movimentos populares sediados na região.

"Nós vamos ter que plantar mais comida, vamos ter que plantar mais arroz, vamos ter que plantar mais trigo, mais feijão, mais coisas para o povo comer. Esse é um desafio bom, que a gente não tem que reclamar", finalizou Lula. As obras do PAC na cidade incluem a despoluição das águas das represas Billings e Guarapiranga, a extensão de linhas do Metrô e de autorização para o funcionamento da Rádio Comunitária de Heliópolis.

Em Santo André, cidade do ABC paulista, Lula reiterou sua disposição de eleger seu sucessor. Ele afirmou que não tem candidato para as eleições presidenciais de 2010, mas garantiu que quer eleger o seu sucessor. "Já estou vendo um monte de candidato por aí. Tem até pesquisa. Eu ainda não tenho candidato nem candidata, mas vamos eleger o nosso candidato para poder seguir a nossa política", previu.

Os contratos do PAC assinados prevêem investimentos de R$ 86,3 milhões na região do ABC dos quais R$ 71,1 milhões do governo federal -, em áreas como saneamento e habitação. No total, segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, dos R$ 504 bilhões previstos de investimentos para o PAC, pelo menos R$ 112 bilhões serão aplicados no estado de São Paulo.

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