Desde que o governo Lula elevou milhões de excluídos à cidadania, e outros milhões subiram para a classe média, os demos e tucanos perderam muitos de seus currais eleitorais tradicionais.
Antes os coronéis no Nordeste usavam o DNOCS para cavar poços artesianos em suas fazendas particulades com o dinheiro público, e depois "deixavam" a população vir buscar latas d'água na fazenda deles, como se estivessem fazendo um favor, como se eles fossem bonzinhos.
Isso não acontece só no sertão nordestino. Nas cidades, inclusive do Sul-Sudeste, nas periferias, muitos caciques políticos mantinham e mantém "centros assistencialistas" privados (ONG's) com dinheiro público (emendas de parlamentares ao orçamento), em vez de alocar verbas para postos de saúde públicos. Assim o eleitor atendido fica devendo favor ao deputado ou vereador.
À medida que o PAC vem trazendo os serviços públicos do Estado para a antes abandonada periferia, estes "centros assistencialistas" perdem a razão de ser. Um exemplo é o SAMU substituindo ambulâncias particulares de deputados e vereadores (mas que eram custeadas com verbas de emendas de orçamento, verbas gordas, que garantiam um bom "troco" ao deputado).
O que restou aos políticos profissionais demo-tucanos como reduto de curral eleitoral?
Os leitores do PIG: da Veja, do Estadão, da Folha e todos os jornais regionais Brasil afora que repetem o noticiário pautado por estes.
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