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quinta-feira, 24 de abril de 2008

PF: Advogado de Maluf e mais oito foram presos por explorar prostituição e participar de fraudes em empréstimos

PF investiga prostituição e encontra fraude no BNDES

A Polícia Federal em São Paulo deflagrou nesta quinta-feira, 24, a Operação Santa Teresa na capital e no interior do Estado, que prendeu oito pessoas e o advogado do ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf, Ricardo Tosto de Oliveira Carvalho, membro do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES). A operação investigava uma organização criminosa que explorava a prostituição e acabou encontrando fraudes em concessão de empréstimos junto ao BNDES.

A assessoria de imprensa do advogado confirmou que Tosto, sócio-fundador do escritório de advocacia Lopes, Tosto e Barros, foi detido pela PF, mas disse ainda não saber os motivos e garantiu que ele irá se pronunciar assim que receber mais informações sobre o caso. Segundo a PF, as investigações tiveram início em dezembro de 2007 para apurar denúncias sobre a prática dos crimes de tráfico interno e internacional de mulheres e de exploração de prostituição. Após investigações, foi constatada também a existência de um esquema de desvio de verbas de financiamentos do BNDES. Uma quadrilha formada por empresários, empreiteiros, advogados e servidores públicos atua de forma a obter empréstimos do referido banco e a desviar parte dos valores em benefício próprio. A PF não soube informar qual a ligação entre as duas investigações.

Pelo menos dois financiamentos concedidos pelo BNDES neste ano, segundo a PF, são objeto de fraude. Um deles, de R$ 130 milhões, foi concedido a uma prefeitura do Estado de São Paulo e outro, de cerca de R$ 220 milhões, a uma grande empresa do ramo varejista. A quadrilha desviava 4% dos valores de cada financiamento. As investigações indicam também evidências de práticas de licitações fraudulentas em pelo menos duas prefeituras paulistas, versando sobre a distribuição de obras por estas municipalidades.

Em nota, o BNDES afirma que se colocou à disposição da polícia e que suspenderá os financiamentos que estiverem sob suspeita.(Estadão)

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