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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Ombudsman censurado


A Folha anuncia o novo ombudsman.Carlos Eduardo Lins da Silva, jornalista e docente pela USP (do governo do estado de São Paulo José Serra). Atualmente, é apresentador do "Roda Viva", da TV Cultura ( a TV José Serra).

Apresentação feita, a Folha avisa:.“O jornal deixa de divulgar na internet a crítica interna, usada pela concorrência e instrumentalizada por jornalistas ligados ao Planalto”.

Para a Direção, a crítica interna vinha sendo utilizada pela concorrência e instrumentalizada por jornalistas ligados ao governo federal. Segundo Otavio Frias Filho, diretor de Redação, "era incongruente que a crítica interna fosse de acesso irrestrito, quando as próprias edições da Folha são acessíveis na internet apenas para assinantes".

A Folha também diz que, Mário Magalhães, divergiu da decisão da direção da Folha de não mais divulgar na internet a crítica interna diária que o ombudsman produz sobre o jornal. Por causa do impasse, seu mandato não foi renovado.

Além de redigir a crítica interna diária, compete ao ombudsman encaminhar à Redação as reclamações dos leitores e criticar o jornal e os demais meios de comunicação na coluna dominical, disse Frias.

Resumindo, esse ombudsman, em nada lembrará o jornalista Mário Magalhães. O antigo, Mário Magalhães foi talvez o ombudsman que melhor encarnou a idéia de defensor dos leitores. Trocando em miúdos, especialmente na crítica interna o ombudsman vinha questionando se a Folha não estava demasiadamente "serrista" e volta e meia lembrava que o governador José Serra (PSDB) foi colunista do jornal. Mário Magalhães criticou, por exemplo, a cobertura do acidente no metrô de São Paulo, que abriu uma cratera junto à Marginal Pinheiros. Serra, de acordo com o que o ex-ouvidor escreveu à época, foi preservado de críticas mais duras na Folha.

Os exemplos abaixo, retirados da crítica interna, ilustram bem a firmeza de Mário Magalhães:

Bem na foto


Mais uma vez, a Folha publica foto de divulgação em cobertura de evento com a presença do governador José Serra ("Manobra tucana `enterra´ CPIs em São Paulo", pág. A7).Ou seja: o jornal só recebeu fotografias em que Serra aparece bem. A Folha deveria escalar fotógrafo próprio, pautado com critérios jornalísticos, e não promocionais, para cobrir as atividades do governador de São Paulo.Leia mais


*A Folha reacionária, apoiada e instrumentalizada pelo monopólio de comunicação , adota uma postura fascista e revela finalmente sua vocação golpista. A Folha está, inconformada com a derrota sofrida nas eleições de 2002 e 2006, quando o povo brasileiro, elegeu Lula em 2002 e, reelegeu em 2006

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