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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dossiê chegou a Congresso antes de CPI


Notícia publicada no jornal O Globo de hoje: Reportagem de Adriana Vasconcelos e Gerson Camarotti em 'O Globo' nesta quarta-feira mostra que o dossiê com gastos sigilosos do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1998-2002) circulou pela mão de alguns parlamentares de oposição antes mesmo da instalação da CPI do Cartão Corporativo, no Congresso, no início de março. Pelo menos um senador(Sérgio Guerra,PSDB) de oposição recebeu o dossiê na ocasião. Na semana passada, numa reunião da bancada tucana, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) informou aos seus colegas que, no fim de fevereiro, já tinha em mãos o dossiê publicado na edição daquela semana da revista "Veja". Pelo menos três parlamentares tucanos confirmaram nesta terça essa versão. Procurado pelo 'Globo', Alvaro Dias evitou comentários.

Mas, nessas conversas reservadas, Álvaro Dias sempre evitou falar sobre a origem do dossiê. Disse que recebeu o relatório "nos corredores do Congresso", no período em que governo e oposição estabeleceram o embate pela criação da CPI.

Alvaro Dias explicou, em conversas reservadas, que o dossiê serviria para intimidar o discurso da oposição(PT) ao mostrar gastos semelhantes feitos pela Presidência nas gestões Fernando Henrique e Lula.

Tá mais que provado que o tal dossiê é uma armação da máfia tucana. Junte essa matéria do Globo de hoje, a matéria da Folha do dia 12 de fevereiro.

“Classificado pela cúpula tucana como "precipitado", o acordo do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) com o governo na eventual CPI dos Cartões Corporativos mobilizou ontem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e auxiliares numa varredura de dados, seguida de articulações para tentar barrar investigações das chamadas contas "tipo B" -depósitos em conta de servidores sacados em dinheiro com apresentação posterior de notas”.

“À tarde, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reuniu-se com o secretário de Organização do partido, Eduardo Jorge, ex-secretário-geral da Presidência na gestão FHC. Jorge ficou encarregado de coletar dados sobre o período e checar que tipo de documentação estaria arquivada, assim como o acesso a ela. Os tucanos também reclamaram da contra-ofensiva do PT aos cartões do governo José Serra (PSDB-SP). "Esse negócio de remeter a São Paulo é sacanagem pura", disse Guerra”. Leia mais aqui


- A divulgação desse dossiê interessa a quem está na oposição, a quem quer atacar a Dilma e a quem quer desgastar o governo. Pode interessar até a quem quer jogar o PT contra o PSDB. Cabe tudo - disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), titular da CPI do Cartão Corporativo, reforçou:

- Esse relatório foi montado para atingir o governo, que foi o único prejudicado.

Além de listar compras de bebidas e gêneros alimentícios - muitas vezes na mesma loja onde os ecônomos de Lula fazem compras -, o relatório aponta dados que deixam evidente a semelhança com casos do atual cartão corporativo, como dezenas de locação de carros para dona Ruth Cardoso. Como fazia a ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial).

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