Onde estava Paulo Henrique Amorim em 1998 quando a Telebrás (a 15ª maior companhia de telecomunicações do mundo) foi esquartejada pelos demo-tucanos, para ser vendida (parcialmente doada) tal qual capitanias hereditárias para Daniel Dantas, espanhóis, Carlos Jereissati, Andrade Gutierrez, que hoje ele critica?
Era âncora do telejornal da TV Bandeirantes. Sua oposição não era à privatização. Se limitou a criticar a legislação privatista permitir que seus ex-patrões da Globo (concorrente da Band) pudessem vir a adquirir a Embratel.
Ele não se manifestou contra Daniel Dantas comprar na época, pelo contrário, o favorecia ao combater o consórcio da Globo com o Bradesco, e parecia manter relações mais amistosas do que o recomendável com gente próxima de Daniel Dantas.
Em 1999, logo após as privatizações, Paulo Henrique Amorim foi contratado pela TV Cultura de São Paulo (estatal sob comando do então governador tucano Mário Covas, tendo Geraldo Alckmin de vice). Lá ele levou ao ar seu "Conversa Afiada" na TV.
Em 16/11/2006, Paulo Henrique Amorim, entrevistando Eugenio Bucci, então presidente da Radiobrás, disse:
"... eu [PHA] trabalhei durante a gestão Covas. E devo dizer que nessa época eu não percebi, não vi, não senti, nenhum. Eu quero dizer NENHUM, com caixa alta. Nenhum tipo de pressão, sugestão, interferência do governo Covas no meu programa ou em qualquer programa jornalístico da TV Cultura naquela época. Gestão do Jorge Cunha Lima e Marco Antônio Coelho Filho..."
Já em 11 de abril de 2008, na entrevista à última revista Fórum, Amorim mudou a versão:
"Fórum pergunta: - O Dantas tirou o senhor da TV Cultura e do UOL?
Amorim: - Tirou, entrou com duas notificações e a TV Cultura e o UOL me pediram para parar de falar dele."
Em qual Paulo Henrique Amorim podemos acreditar?
Outro episódio prá lá de estranho, é narrado nos artigos do Observatório de Imprensa de 20/11/98, revelando intimidade até familiar de Amorim com a cúpula da privatização de FHC:
Paulo Henrique Amorim anunciou na TV Bandeirantes que André Lara Resende, presidente do BNDES durante a privatização das teles, estaria demissionário.
Lara Resende, naquela mesma noite telefonou à Folha de São Paulo:
"Não entendi por que o Paulo falou aquilo. Naquela mesma hora, A FILHA DELE estava com A MINHA FILHA, lá em casa, no Rio"
Detalhe: Dias antes, surgiu no noticiário uma gravação telefônica de Lara Resende, numa conversa com seu ex-sócio Persio Arida (um dos donos do banco Opportunity em 98, sócio de Daniel Dantas), dizendo ao amigo que aumentasse o ágio que pretendia oferecer no leilão das teles, contribuindo para que sua oferta se tornasse mais competitiva. Pode-se imaginar que Lara Resende estava passando uma informação privilegiada para seu amigo e ex-sócio.
O motivo disso, é vermos que existe alguma relação de amor e ódio mal resolvida no passado entre Paulo Henrique Amorim e Daniel Dantas.
Isso seria problema dele, e não teríamos nada a ver com isso, mas a coisa muda quando ele quer arrastar para esse pântano o governo do presidente Lula, com interesses escusos e ocultos.
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