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domingo, 3 de fevereiro de 2008

Governo Serra gastou 145 milhões com locomoção em 2007


O secretário-especial da Pesca, Altemir Gregolin gastou com cartão corporativo (R$ 21,6 mil em 58 roteiros de viagens realizadas em 2007. A mídia acha muito e está querendo derrubar o ministro.

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, gastou 8 reais com uma tapioca, a imprensa marrom, achou o preço salgado. O ministro anunciou em uma entrevista coletiva neste sábado, em São Paulo, que devolveu aos cofres públicos tudo o que gastou com o seu cartão nos últimos dois anos. Os gastos somam R$ 30.870,38 .

Agora, se você observar aqui --um secretário do Serra gastou 12 milhões de reais. A Folha, Estadão, Veja, Globo...não disse nada.

Só para lembrar: A Ministra da Igualdade Racial Matilde, gastou 170 mil de transporte, a imprensa tucana, a derrubou. Vamos ver agora quem gastou mais com viagens no governo Serra. Se o ministro, ou o pessoal dos tucanos: Passagens e despesas com locomoção dos tucanos. Veja aqui Atenção leitores. Diferente do Portal Transparência do Governo Lula que dá nomes de quem gasta e quanto gasta, no site tucano, é bem diferente...


Alguém já se interessou em saber como o governador José Serra (PSDB) e seus secretários gastam o dinheiro do contribuinte? Há alguma transparência na prestação de contas do governo paulista?


Há um aspecto desta questão, porém, que o público não está percebendo muito bem: saques de dinheiro vivo à parte, o uso do cartão corporativo ajuda o controle da sociedade sobre o gasto dos altos funcionários da burocracia federal. Sabemos que o ministro Orlando Silva passou o cartão em uma tapiocaria ou que a ministra Matilde gastou R$ 100 no bar Canto Madalena exatamente porque esses gastos estão sendo feitos por cartão de crédito. Ou seja, o cartão é um instrumento que favorece a transparência no trato da burocracia com o dinheiro público. Com o veto aos saques de dinheiro vivo, tal instrumento fica limitado exatamente ao que se imagina que ele deva servir, isto é, para que os funcionários públicos paguem suas despesas em situações de trabalho (almoços, viagens etc) de forma prática e ágil. Desta forma, cada centavo gasto pode ser verificado pela opinião pública.

É preciso deixar a hipocrisia de lado na questão dos gastos (e também dos salários) da burocracia estatal. Alguém já se interessou em saber como o governador José Serra (PSDB) e seus secretários gastam o dinheiro do contribuinte? Há alguma transparência na prestação de contas do governo paulista? Ou do governo de Minas, do também tucano Aécio Neves? Desde a sua gestão prefeitura, por exemplo, Serra tem arrumado maneiras nem sempre muito éticas de pagar melhor seus secretários e funcionários de alto escalão. Em geral, ele nomeia os secretários para vagas disponíveis em conselhos das poucas estatais que os tucanos ainda não venderam em São Paulo, fazendo com que cada um receba jetons e verbas extras pela representação nos tais conselhos.

Se Serra acha que os salários do funcionalismo estão baixos, especialmente os do primeiro escalão, deveria ter a coragem de comprar esta briga. Na Inglaterra, os salários dos funcionários públicos são comparados com os da iniciativa privada e ajustados periodicamente, para que não resultem discrepantes com o que se paga em média no mercado. O presidente do Brasil ganha hoje exatamente R$ 8.883,45, o que é um salário ridículo para as responsabilidades que o cargo apresenta. O mesmo raciocínio vale para os ministros e secretários de estado. Remunerar melhor a alta burocracia estatal não é apenas uma maneira de evitar a corrupção, mas uma questão de justiça, dada as qualificações exigidas para os altos cargos.

A histeria da grande imprensa com os gastos nos cartões corporativos é apenas mais uma forma de jogar para a torcida, apostar no udenismo rastaquera para tentar prejudicar a imagem do governo do presidente Lula. O problema é que talvez a opinião pública esteja um pouco mais madura do que os jornalões imaginam. Ela já sabe que Orlando Silva gosta de tapioca, mas talvez queira saber direitinho como os secretários de Serra fazem para pagar os jantares no Fasano. Entrelinhas

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