O Presidente Lula afastou, ontem, a possibilidade de haver aumento de impostos e o lançamento de um pacote de medidas compensatórias como alternativas para o fim da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Sem o imposto do cheque, o Governo deixará de arrecadar R$ 40 bilhões no ano que vem. A idéia é cortar gastos para garantir o equilíbrio das contas públicas.
Lula determinou que os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) preparem um estudo detalhado sobre os eventuais cortes que devem ser efetuados na proposta orçamentária de 2008. Os cortes deverão ser anunciados até fevereiro – quando o Orçamento Geral da União deve ser votado no Congresso.
"Teremos um final de ano tranqüilo, sem sobressaltos, sem pacote e sem medidas de corte", afirmou o líder do Governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), após reunião do presidente com integrantes da equipe econômica.
"O empresariado pode aproveitar tranqüilo o Natal e o Ano Novo", ressaltou.
Por cerca de duas horas, o presidente se reuniu com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Mantega, Paulo Bernardo e Miguel Jorge (Desenvolvimento), além de Jucá, no Palácio do Planalto.
Sem sustos
Jucá disse que Lula dividiu a reunião em duas etapas: na primeira, fez uma análise sobre o cenário positivo da economia nacional. Na segunda, deu as orientações aos ministros Mantega e Paulo Bernardo. Também reiterou que não haveria elevação de impostos nem surpresas para este ano.
"O corte deverá ocorrer em toda a proposta orçamentária. Vamos cortar, mas discutindo com os três Poderes", disse Jucá, ao final do encontro. "O Governo estará com a proposta pronta até fevereiro", reiterou.
Presidente: ano ótimo
O Presidente Lula aproveitou a festa de confraternização dos funcionários da Presidência da República, no Palácio do Planalto, para afirmar que o País vive o melhor dos momentos econômico e político. "Há muitos anos o Brasil não tinha um ano como 2007, disse ele ao lado do ex-ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia.
Sem citar nomes nem partidos políticos, o Presidente criticou aqueles que não acreditavam que o Brasil conseguiria obter resultados positivos na economia. Segundo Lula, 2007 foi um ano feliz para ele em todos os sentidos. "Como pai, como marido, como ser humano e como presidente, este foi um ano que me deixou feliz", afirmou o presidente, na festa de confraternização.
"Todos vocês acompanharam o ano de 2005, (sabem) o quanto foi difícil, o ano de 2006 (também). Todo mundo acompanhou: algumas pessoas vendendo a idéia de que não ia dar certo. Não ia dar certo. Muita gente que não acredita no Brasil e prefere acreditar em qualquer coisa no mundo, menos no Brasil", disse.
Credibilidade
Segundo Lula, só em 2007 entraram aproximadamente US$ 35 bilhões de investimentos diretos no País, que possibilitaram, por exemplo, a geração de empregos. Também disse que o Governo "não pára de colher" os resultados positivos das ações efetuadas ao longo do ano.
"Não há momento na história do Brasil em que tivéssemos tanta credibilidade e respeito. E tanta gente querendo vir fazer investimentos no Brasil", afirmou o presidente, depois de assistir a três apresentações de corais de crianças e adultos, além de um grupo de dança moderna de Goiandira (GO).
Alto nível
Sentado entre Walfrido e a primeira-dama, Marisa Letícia, Lula foi cumprimentado pelas crianças, ganhou beijos e abraços. Brincou com cada uma e até com o Papai Noel que participou da festa. Sorridente, o presidente comemorou: "Eu, que faço política há tantos anos, não via o Brasil chegar ao nível que chegou".
Depois, Lula afirmou que o Governo pode ficar orgulhoso porque não depende de favores externos e citou a relação com o Fundo Monetário Internacional. "Hoje o Brasil cuida de seu nariz e nós não precisamos de pedir favor a ninguém", afirmou ele.
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