Jornais do Brasil, passaram os útimos dias fazendo campanha contra a CPMF, hoje estão eufóricos com manchetes de que o Presidente Lula "sofreu a pior derrota política" com o fim da CPMF. Lula não perdeu nada. O Presidente Lula, não depende da Bolsa- Família para comer, não usa o SUS quando fica doente e nem cursa Universidade com bolsa do ProUni. Quem perdeu foi a saúde, educação, os pobres que necessitam da Bolsa-Família e os estudantes que cursam faculdade pelo ProUni.
O governo, enviou proposta de destinar todos os recursos da CPMF para a saúde mas o PSDB não aceitou. Também pesaram dissidências em partidos na base governista. Foram sete defecções, entre elas Mão Santa (PMDB-PB), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Expedito Júnior (PR-RO). O fim da CPMF representa um enorme prejuízo para o governo Lula. Sem o tributo, o governo perde uma arrecadação de R$ 40 bilhões anuais. Mas também é uma péssima notícia para os prefeitos e governadores, porque a maior parte desses recursos é repassada para estados e municípios. A maior parte da arrecadação do tributo vai para estados e municípios, para São Paulo, ela representa R$ 6 bilhões por ano.
A queda da CPMF é uma derrota de Serra, Aécio e os outros governadores do PSDB. Os efeitos no partido serão grandes. Os senadores perceberam isso e tentaram manter uma porta aberta para a negociação. Disseram estar dispostos a discutir uma reforma tributária com o governo a partir de janeiro. Admitem até recriar a CPMF, mesmo que seja com outro nome. Aécio e Serra passaram o dia ao telefone, tentando virar votos. A outra ala tentou evitar um impasse sugerindo que a votação fosse adiada para o ano que vem, dando tempo a uma nova negociação.
O discurso expôs uma divisão que só se aprofundou ao longo dos últimos dias. De um lado estavam os governadores do partido, inclusive os dois pré-candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (Minas Gerais) e José Serra (São Paulo). Eles defendiam a aprovação da CPMF e tentaram costurar um acordo com o Palácio do Planalto. Conseguiram concessões importantes. O governo aceitou aumentar os recursos para a saúde, prorrogar a CPMF por apenas um ano e fazer a reforma tributária em 2008. “A nova proposta do governo é uma vitória do país”, disse Aécio Neves. “Virarmos as costas para esta proposta apenas para criar mais dificuldades para o governo não é a postura do PSDB.”
O discurso conciliador dos governadores sensibilizou parte da bancada do Senado. Os parlamentares tucanos se reuniram até as 23h30 de terça-feira e voltaram a se encontrar ontem à tarde, pouco antes da votação. Parlamentares defenderam que a bancada fosse liberada ou que o partido reabrisse a negociação com o Planalto. Esbarraram o tempo todo em Arthur Virgílio e sua ameaça de renunciar à liderança. Ele insistia que a bancada se desmoralizaria em caso de recuo.
Proposta
Virgílio foi o ponta de lança do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que hoje comanda a ala radical do PSDB. Para ele, o PSDB deveria derrubar a CPMF a qualquer custo e impor uma derrota ao governo Lula, disse ontem um deputado tucano.
Divergências no ninho
A disputa em torno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) tem como pano de fundo a queda-de-braço para ver quem manda no PSDB. Os governadores José Serra e Aécio Neves representam a perspectiva de poder do partido. Os dois comandam os estados mais importantes nas mãos de tucanos e aparecem como favoritos na corrida ao Palácio do Planalto em todas as pesquisas de opinião .
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso encarna o discurso radical, que encanta boa parte do PSDB. A divergência apareceu na elaboração do programa e na convenção do partido, há poucas semanas, mas explodiu quando chegou a hora de discutir um assunto vital, como o imposto do cheque.
Confira abaixo como foram os votos dos senadores na prorrogação da CPMF:
Contra:
Adelmir Santana (DEM-DF)
Álvaro Dias (PSDB-PR)
Antonio Carlos Junior (DEM-BA)
Arthur Virgílio (PSDB-AM)
César Borges (PR-BA)
Cícero Lucena (PSDB-PB)
Demóstenes Torres (DEM-GO)
Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
Efraim Morais (DEM-PB)
Eliseu Rezende (DEM-MG)
Expedito Junior (PR-RO)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Geraldo Mesquita (PMDB-AC)
Heráclito Fortes (DEM-PI)
Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE)
Jayme Campos (DEM-MT)
João Tenório (PSDB-AL)
Jonas Pinheiro (DEM-MT)
José Agripino (DEM-RN)
José Nery (PSOL-PA)
Kátia Abreu (DEM-TO)
Lúcia Vânia (PSDB-GO)
Mão Santa (PMDB-PI)
Marco Maciel (DEM-PE)
Marconi Perillo (PSDB-GO)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Mario Couto (PSDB-PA)
Marisa Serrano (PSDB-MS)
Papaléo Paes (PSDB-AP)
Raimundo Colombo (DEM-SC)
Romeu Tuma (PTB-SP)
Rosalba Ciarlini (DEM-RN)
Sérgio Guerra (PSDB-PE)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
A favor
Almeida Lima (PMDB-SE)
Aloísio Mercadante (PT-SP)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
Augusto Botelho (PT-RR)
Cristovam Buarque (PDT-DF)
Delcídio Amaral (PT-MS)
Edson Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Epitácio Cafeteira (PTB-MA)
Euclydes Melo (PTB-AL)
Fatima Cleide (PT-RO)
Flavio Arns (PT-PR)
Francisco Dornelles (PP-RJ)
Gerson Camata (PMDB-ES)
Gilvam Borges (PMDB-AP)
Gim Argello (PTB-DF)
Ideli Salvatti (PT-SC)
Inácio Arruda (Pc do B-CE)
Jefferson Péres (PDT-AM)
João Durval (PDT-BA)
João Pedro (PT-AM)
João Ribeiro (PR-TO)
João Vicente Claudino (PTB-PI)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Sarney (PMDB-AP)
Leomar Quintanilha (PMDB-TO)
Magno Malta (PR-ES)
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
Neuto do Conto (PMDB-SC)
Osmar Dias (PDT-PR)
Patricia Saboya (PDT-CE)
Paulo Duque (PMDB-RJ)
Paulo Paim (PT-RS)
Pedro Simon (PMDB-RS)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Renato Casgrande (PSB-ES)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Rosenana Sarney (PMDB-MA)
Sérgio Zambiasi (PTB-RS)
Serys Slhessarenko (PT-MT)
Sibá Machado (PT-AC)
Tião Viana (PT-AC)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Valter Pereira (PMDB-MS)
Wellington Salgado (PMDB-MG)
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