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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

PFL/DEM e PSDB tiraram do Brasiliero o direito a saúde e a educação

Charge do leitor: Nilson Dimas. Sorocaba/SP


Jornais do Brasil, passaram os útimos dias fazendo campanha contra a CPMF, hoje estão eufóricos com manchetes de que o Presidente Lula "sofreu a pior derrota política" com o fim da CPMF. Lula não perdeu nada. O Presidente Lula, não depende da Bolsa- Família para comer, não usa o SUS quando fica doente e nem cursa Universidade com bolsa do ProUni. Quem perdeu foi a saúde, educação, os pobres que necessitam da Bolsa-Família e os estudantes que cursam faculdade pelo ProUni.


O governo, enviou proposta de destinar todos os recursos da CPMF para a saúde mas o PSDB não aceitou. Também pesaram dissidências em partidos na base governista. Foram sete defecções, entre elas Mão Santa (PMDB-PB), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Expedito Júnior (PR-RO). O fim da CPMF representa um enorme prejuízo para o governo Lula. Sem o tributo, o governo perde uma arrecadação de R$ 40 bilhões anuais. Mas também é uma péssima notícia para os prefeitos e governadores, porque a maior parte desses recursos é repassada para estados e municípios. A maior parte da arrecadação do tributo vai para estados e municípios, para São Paulo, ela representa R$ 6 bilhões por ano.


Pesquisa dos tucanos


Pesquisas do próprio PSDB mostram que boa parte das intenções de voto deles para 2010 vem da percepção de que eles não representariam um rompimento com o atual governo. Votar contra a CPMF vai contra essa percepção.


A queda da CPMF é uma derrota de Serra, Aécio e os outros governadores do PSDB. Os efeitos no partido serão grandes. Os senadores perceberam isso e tentaram manter uma porta aberta para a negociação. Disseram estar dispostos a discutir uma reforma tributária com o governo a partir de janeiro. Admitem até recriar a CPMF, mesmo que seja com outro nome. Aécio e Serra passaram o dia ao telefone, tentando virar votos. A outra ala tentou evitar um impasse sugerindo que a votação fosse adiada para o ano que vem, dando tempo a uma nova negociação.


O discurso expôs uma divisão que só se aprofundou ao longo dos últimos dias. De um lado estavam os governadores do partido, inclusive os dois pré-candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (Minas Gerais) e José Serra (São Paulo). Eles defendiam a aprovação da CPMF e tentaram costurar um acordo com o Palácio do Planalto. Conseguiram concessões importantes. O governo aceitou aumentar os recursos para a saúde, prorrogar a CPMF por apenas um ano e fazer a reforma tributária em 2008. “A nova proposta do governo é uma vitória do país”, disse Aécio Neves. “Virarmos as costas para esta proposta apenas para criar mais dificuldades para o governo não é a postura do PSDB.”

O discurso conciliador dos governadores sensibilizou parte da bancada do Senado. Os parlamentares tucanos se reuniram até as 23h30 de terça-feira e voltaram a se encontrar ontem à tarde, pouco antes da votação. Parlamentares defenderam que a bancada fosse liberada ou que o partido reabrisse a negociação com o Planalto. Esbarraram o tempo todo em Arthur Virgílio e sua ameaça de renunciar à liderança. Ele insistia que a bancada se desmoralizaria em caso de recuo.

Proposta

Virgílio foi o ponta de lança do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que hoje comanda a ala radical do PSDB. Para ele, o PSDB deveria derrubar a CPMF a qualquer custo e impor uma derrota ao governo Lula, disse ontem um deputado tucano.

Divergências no ninho

A disputa em torno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) tem como pano de fundo a queda-de-braço para ver quem manda no PSDB. Os governadores José Serra e Aécio Neves representam a perspectiva de poder do partido. Os dois comandam os estados mais importantes nas mãos de tucanos e aparecem como favoritos na corrida ao Palácio do Planalto em todas as pesquisas de opinião .

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso encarna o discurso radical, que encanta boa parte do PSDB. A divergência apareceu na elaboração do programa e na convenção do partido, há poucas semanas, mas explodiu quando chegou a hora de discutir um assunto vital, como o imposto do cheque.

Confira abaixo como foram os votos dos senadores na prorrogação da CPMF:

Contra:

Adelmir Santana (DEM-DF)
Álvaro Dias (PSDB-PR)
Antonio Carlos Junior (DEM-BA)
Arthur Virgílio (PSDB-AM)
César Borges (PR-BA)
Cícero Lucena (PSDB-PB)
Demóstenes Torres (DEM-GO)
Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
Efraim Morais (DEM-PB)
Eliseu Rezende (DEM-MG)
Expedito Junior (PR-RO)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Geraldo Mesquita (PMDB-AC)
Heráclito Fortes (DEM-PI)
Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE)
Jayme Campos (DEM-MT)
João Tenório (PSDB-AL)
Jonas Pinheiro (DEM-MT)
José Agripino (DEM-RN)
José Nery (PSOL-PA)
Kátia Abreu (DEM-TO)
Lúcia Vânia (PSDB-GO)
Mão Santa (PMDB-PI)
Marco Maciel (DEM-PE)
Marconi Perillo (PSDB-GO)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Mario Couto (PSDB-PA)
Marisa Serrano (PSDB-MS)
Papaléo Paes (PSDB-AP)
Raimundo Colombo (DEM-SC)
Romeu Tuma (PTB-SP)
Rosalba Ciarlini (DEM-RN)
Sérgio Guerra (PSDB-PE)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)

A favor

Almeida Lima (PMDB-SE)
Aloísio Mercadante (PT-SP)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
Augusto Botelho (PT-RR)
Cristovam Buarque (PDT-DF)
Delcídio Amaral (PT-MS)
Edson Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Epitácio Cafeteira (PTB-MA)
Euclydes Melo (PTB-AL)
Fatima Cleide (PT-RO)
Flavio Arns (PT-PR)
Francisco Dornelles (PP-RJ)
Gerson Camata (PMDB-ES)
Gilvam Borges (PMDB-AP)
Gim Argello (PTB-DF)
Ideli Salvatti (PT-SC)
Inácio Arruda (Pc do B-CE)
Jefferson Péres (PDT-AM)
João Durval (PDT-BA)
João Pedro (PT-AM)
João Ribeiro (PR-TO)
João Vicente Claudino (PTB-PI)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Sarney (PMDB-AP)
Leomar Quintanilha (PMDB-TO)
Magno Malta (PR-ES)
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
Neuto do Conto (PMDB-SC)
Osmar Dias (PDT-PR)
Patricia Saboya (PDT-CE)
Paulo Duque (PMDB-RJ)
Paulo Paim (PT-RS)
Pedro Simon (PMDB-RS)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Renato Casgrande (PSB-ES)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Rosenana Sarney (PMDB-MA)
Sérgio Zambiasi (PTB-RS)
Serys Slhessarenko (PT-MT)
Sibá Machado (PT-AC)
Tião Viana (PT-AC)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Valter Pereira (PMDB-MS)
Wellington Salgado (PMDB-MG)

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