O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Coletivo Brasil de Comunicação Social – Intervozes e outros movimentos sociais vão realizar, em 05 de outubro, uma série de debates sobre mecanismos de fiscalização para a distribuição e renovação de concessões de canais de TV e rádio.
Nesta data, vence o prazo de validade das concessões da Record, Band, TV Gazeta e TV Cultura em São Paulo, além de cinco filiais da Rede Globo. Segundo o coordenador do Intervozes, João Brant, a idéia é questionar o fato de que essas emissoras não respeitam os critérios estabelecidos pela Constituição, apesar de utilizarem uma concessão pública.
“O quadro das concessões no Brasil é um cenário de Velho Oeste, uma várzea, uma barbárie. Sobre a própria questão da renovação, não há critérios, em nenhum momento há uma avaliação se essas emissoras observaram os próprios preceitos constitucionais. São as próprias emissoras que assinam a declaração dizendo que não constituem monopólio ou oligopólio. O espectro é público, as concessões são públicas, mas quem menos é ouvido nessa história toda é o público.”
Os movimentos pretendem debater também o chamado “coronelismo eletrônico” – o domínio dos meios de comunicação no Brasil por alguns grupos, os quais possuem ligação ou são dominados por políticos. O último levantamento realizado pela Agência Repórter Social em 2006 mostrou que mais de um terço dos 81 senadores possuem concessões de emissoras de rádio ou TV (Veja aqui). O Ministério das Comunicações, a Anatel, o Congresso Nacional e o Senado Federal nunca vetaram a renovação de alguma concessão de rádio e TV pertencente a esses grandes grupos.
Por Juliano Domingues - Brasil de Fato
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