A definição de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) como o próximo presidente da Câmara Federal está sendo parcialmente definida pelo tucano e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ex-presidente passou a semana entre o Natal e o Revéillon disparando telefonemas para os parlamentares da bancada tucana na Câmara, instruindo o voto no deputado comunista.
Um interlocutor próximo ao ex-presidente, hoje no governo de José Serra em São Paulo, disse que a explicação para isso está no fato de que o "inimigo político" do partido não é mais o Presidente Lula, mas o PT.De acordo com o futuro líder da bancada tucana na Câmara, o deputado paulista Antonio Carlos Pannunzio, o candidato do partido, na verdade, não tem nome. "Até agora o que temos é que seguir a tradição da Casa, onde a maior bancada indica o presidente e a segunda, o primeiro secretário", explicou.
O atual líder do PFL, o deputado fluminense Rodrigo Maia, disse que o candidato do partido é Aldo Rebelo. "Estamos caminhando em uma linha que entendemos que tem bastante chance de vitória, não estamos participando das conversas, mas o deputado Aldo Rebelo está mais próximo de nós. É evidente que a atuação dele esteve alinhada ao Palácio do Planalto, mas, ele teve uma atuação honesta e transparente com a oposição", disse Maia.
O deputado do PFL não vê espaço político e de articulação para o surgimento de uma candidatura que seja uma opção tanto a Aldo Rebelo como Arlindo Chinaglia (PT-SP). "Nós acreditamos que a maior bancada tem o direito de lançar o seu candidato e elegê-lo como presidente, no caso o PMDB. Mas se eles não lançam um candidato, ninguém mais tem o direito de pleitear o cargo automaticamente. Todos tem que trabalhar para construir uma candidatura", justificou Maia.Ontem, na esteira da falta de decisão para um candidato de consenso entre Rebelo e Chinaglia, começaram a aparecer rumores de articulação de uma candidatura independente.
Diversos nomes foram citados, inclusive de petistasr reconhecidamente desalinhados com o grupo de Chinaglia.Na teoria são parlamentares insatisfeitos com os rumos de suas legendas, estão em articulação abertamente uma candidatura alternativa.
No grupo de dissidentes estão Gustavo Fruet (PSDB-PR), Carlos Sampaio (PSDB-SP), além do recém eleito José Aníbal (PSDB-SP) e o ex-ministro da Educação também eleito nessa legislatura, Paulo Renato de Souza (PSDB-SP). Entre os petistas estão Válter Pinheiro (PT-BA) e José Eduardo Cardozo (PT-SP) tido, mais uma vez, como o nome mais forte ao lado de Osmar Serraglio (PMDB-PR).Confiantes no prestígio que têm junto à população, esses deputados chegaram a idéia de que nem o atual presidente, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), nem muito menos o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), poderão melhorar a imagem da Casa.
Helena
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