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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Embraer pode perder participação brasileira a qualquer momento.



Bolsonaro aprovou a compra da Embraer pela Boeing. Nota distribuída pelo Planalto, no início da noite desta quinta-feira, disse que Bolsonaro se reuniu com os ministros da Defesa, do GSI, das Relações Exteriores e da Ciência e Tecnologia, e ainda com representantes do Ministério da Economia e dos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

“Foram apresentados os termos das tratativas entre Embraer (privatizada desde 1994) e Boeing. O presidente foi informado de que foram avaliados minuciosamente os diversos cenários, e que a proposta final preserva a soberania e os interesses nacionais. Diante disso, não será exercido o poder de veto (golden share) ao negócio”, finaliza a nota.

Mais cedo, o PDT entrara com uma ação na Justiça Federal de Brasília pedindo a suspensão do negócio. O partido defende que o acordo seja submetido ao Congresso Nacional e ao Conselho de Defesa Nacional e alega que o Judiciário deve fazer com que a União exerça o direito de veto.

Pelo acordo, anunciado em dezembro, a Boeing seria controladora da empresa, com 80% das ações da “nova companhia” a ser criada, e, para isso, pagaria US$ 4,2 bilhões. No caso das operações de Defesa, seria criada uma empresa na qual a Embraer teria 51% das ações.

Ainda segundo o acordo, a companhia aérea norte-americana pode ficar com a totalidade da empresa de aviação comercial. Se a opção for exercida nos primeiros dez anos, a Boeing terá de pagar à Embraer o valor dos 20% determinados na data de fundação da NewCo, US$ 1,05 bilhão. Com isso, a área de aviação civil da Embraer pode perder participação brasileira a qualquer momento.

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