A cidade de Paulo Jacinto, no interior de Alagoas, assiste a uma briga política entre o prefeito Marcos Lisboa (PSB) e a Câmara de Vereadores da cidade. Na segunda-feira, Lisboa decidiu entrar em "greve" e, desde então, os postos do Programa Saúde da Família (PSF) estão fechados e as escolas da cidade foram cadeadas. Cerca de mil alunos estão sem aula.
O prefeito quer a aprovação, recusada pela Câmara, de um suplemento de R$ 8 milhões no orçamento da cidade - um acréscimo de 35%. "Parte dos serviços estão parados porque não temos orçamento para trabalhar", disse Lisboa. O presidente da Câmara, Júnior Teixeira, discorda. "A gente só quer que o prefeito formalize as áreas para onde vai o dinheiro. Formalizando, colocamos em votação", afirmou.
O que chama a atenção é que o município de Paulo Jacinto, assim como 90% das cidades alagoanas, não depende de orçamento próprio para abrir escolas ou postos do PSF. Nesses casos, a verba vem do Tesouro Federal. Para a educação, os cofres da prefeitura receberam, neste ano, R$ 1,3 milhões do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), e R$ 346,8 mil para sustentar o Programa Saúde da Família.
O Ministério Público Estadual abriu investigação para apurar o assunto e pediu que o prefeito envie informações sobre a "greve". Na cidade, o povo pede o fim da briga. "Quem precisa de médico tem de ir para Maceió. Não tem nada aqui", lamentou o pedreiro José Araújo. "Os dois lados têm de sentar e resolver tudo isso", sugeriu a dona de casa Ilmar Vitorino.
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