O Conselho de Ética da Câmara se reuniu hoje pela última vez na atual legislatura e absolveu mais sete deputados acusados de envolvimento com a Máfia das Sanguessugas.O balanço final mostra que só um dos quase 70 deputados acusados ainda corre algum risco de punição na Câmara. Esvaziada, a sessão do Conselho de Ética começou debaixo de muito choro. Lágrimas da deputada Laura Carneiro, do PFL, do Rio, a primeira absolvida do dia. Lágrimas do líder do partido que estava na platéia.
Dos 11 parlamentares julgados hoje, o conselho inocentou sete. Quatro foram reeleitos e vão voltar no próximo ano sem nenhuma acusação. Os conselheiros só pediram a cassação do mandato de quatro deputados, como nenhum foi reeleito, não serão julgados em plenário. Por isso terão os direitos políticos mantidos. Dos 69 deputados acusados, 68 conseguiram escapar de punição da Câmara. Apenas o deputado João Magalhães do PMDB de Minas Gerais ainda corre o risco de ser punido. Ele foi reeleito e o processo dele não ficou pronto a tempo de ser julgado hoje. Vai continuar na próxima legislatura. Outros 54 processos também não foram concluídos, mas serão arquivados porque os deputados não conseguiram a reeleição.
O presidente do Conselho culpou a CPI das Sanguessugas. “Eles não deveriam ter mandado com tanta pressa sem análise. Cabe a CPI analisar todos os processos. Nós não temos instrumentos pra isso”, acredita o deputado Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do Conselho de Ética.
Já o relator da CPI devolveu a responsabilidade ao Conselho de Ética. “Nós mandamos todas as provas colhidas e todos os fatos para serem analisados e julgados. Esse é o papel do Conselho de Ética, eu não faço crítica”, disse o senador Amir Lando (PMDB-RO), relator da CPI das Sanguessugas.
Helena
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