A percepção de que a cesta básica está mais barata consolidou a avaliação favorável do governo federal e manteve a dianteira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto. No levantamento telefônico nos domicílios ou local de trabalho, realizado pelo Ipespe no dia 22 de agosto, com mil entrevistas e margem de erro de 3,2 pontos percentuais, 45% dos pesquisados afirmam que compram hoje mais alimentos do que o faziam há quatro anos, ante 27% que dizem comprar menos.
Na pesquisa estimulada, Lula ficou com 45%, Geraldo Alckmin (PSDB) com 25% e Heloísa Helena com 9%. Feita após uma semana de horário eleitoral gratuito, a pesquisa mostra que se homogeneizou a avaliação do governo federal. A soma das opções "ótimo" e "bom " em relação ao governo Lula se distribuem de maneira rigorosamente igual nas três faixas de renda pesquisadas: são 47% em todas as circunstâncias. "Esta distribuição uniforme se explica pela televisão", disse a diretora de planejamento do Ipespe, Marcela Montenegro.
A percepção de que a cesta básica barateou tornou Lula o guardião do controle da inflação. Em 2002, o trabalhador que ganhava salário mínimo em São Paulo precisava de 148 horas para comprar uma cesta básica. Em julho de 2006, precisa trabalhar 107 horas.
Na pesquisa sobre qual o candidato mais capacitado para manter a inflação sob controle, 42% escolheu Lula, 28% Alckmin e 8% Heloísa Helena. É o melhor resultado para Lula. Na pergunta sobre qual o candidato mais qualificado para fazer o Brasil crescer, o petista consegue 38% e o tucano 32%. Na pergunta sobre capacidade de atrair investimentos internacionais, Lula teve 38% das menções e Alckmin, 33%.
A propaganda explica ainda o descompasso entre as respostas sobre a evolução da situação financeira do país e a pessoal. O percentual dos entrevistados que vê melhora na economia passou de 45% para 54% em trinta dias. Nesse período, a avaliação da situação pessoal ficou estável. O percentual de pesquisados que se diz em melhor situação financeira pessoal oscilou de 38% para 39%. "Este resultado mostra que a população faz uma avaliação da economia mais positiva, independente do que aconteceu em sua vida pessoal, em razão do noticiário e da propaganda política", diz Marcela Montenegro.
O horário eleitoral gratuito também colaborou para que os índices de rejeição de Lula e Alckmin convergissem para a igualdade. No intervalo de um mês, a rejeição de Lula foi de 37% para 33% e a de Alckmin subiu de 28% para 32%. Heloísa Helena mantém a sua rejeição estável: oscilou de 38% para 36% nos últimos trinta dias.
Helena
Com informações do Valor Econômico
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